Dois golos, várias ocasiões, guarda-redes a brilhar e... primeiro golo de Messi ao Benfica, ao cabo de três encontros. O Benfica-PSG foi um verdadeiro jogo de Champions e terminou como começou: empatado, embora com golos, numa partida onde os Encarnados jogaram olhos nos olhos com o multimilionário PSG e até podia ter vencido.
Já na próxima terça-feira o Benfica tem a oportunidade de dar seguimento a grande exibição na Luz para, se puder, pontuar no Parque dos Príncipes e manter-se lado a lado com os franceses na liderança do Grupo H da Liga dos Campeões.
Segundo empate seguido do Benfica depois do 0-0 no fim de semana passado na I Liga diante do Vitória de Guimarães, jogo que interrompeu a série de 13 vitórias seguidas.
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O jogo: a noite era dos guarda-redes
Era o primeiro grande teste do imbatível Benfica de Roger Schmidt, frente a um PSG ainda sem derrotas na época (13 jogos, 11 vitórias, dois empates, 38 golos marcados e oito sofridos), num jogo que decidia a liderança do Grupo H da Champions.
Numa noite de gala na Luz, com 62306 gargantas afinadas a fazerem a festa, quem brilhou foram os atores secundários. Os holofotes estavam todos centrados em Messi, Neymar, Mbappé mas a estrelas da noite foram os dois guarda-redes: Donnarumma nos franceses e Odysseas Vlachodimos nos Encarnados.
Numa primeira parte de forte pressão do Benfica, o PSG sentiu dificuldades para ligar o seu jogo. A circulação era lenta, os astros tinham pouca bola e quando a tinham, perdiam com facilidade. O Benfica apostava em lances rápidos no ataque, com ligações diretas a Rafa, Davi Neres e Gonçalo Ramos.
Foi de uma ligação António Silva-Gonçalo Ramos que Donnarumma disse 'presente' logo aos oito minutos. Repetiu a dose aos 18, agora com David Neres na jogada. E, aos 37, novamente o italiano a agigantar-se na baliza e negar o golo ao jovem António Silva.
Se Gigi foi dono do primeiro tempo, Odysseas Vlachodimos emergiu na segunda parte, mantendo o Benfica em jogo, com excelentes defesas, em mais uma grande noite de Champions para o grego: negou o golo a Neymar aos 55, a Hakimi aos 49 e 61 e a Mbappé aos 69 minutos. Pelo meio ainda conseguiu, com os pés, evitar uma grande asneira de Otamendi.
Se o génio de Messi desbloqueou o marcador aos 21 minutos, o azar de Danilo aos 41 deu alguma justiça ao resultado, num lance onde estava no sítio errado à hora errada.
Momento-chave: faltaram pernas a Rafa
Numa altura em que o Benfica passava um 'mau bocado' e sentia dificuldades em sair para o ataque, Rafa foi lançado entre os defesas franceses, passou por três mas, já dentro da área, perdeu no duelo com Donnarumma, naquele que teria sido um grande golo. Faltou frescura ao avançado, aos 81 minutos.
Os melhores: Ody e Gigi mãos de ferro, António Silva mostra-se à Europa
Os mais de 62 mil espetadores que estiveram na Luz só viram dois golos, muito por culpa dos dois guarda-redes. Gigi Donnarumma com quatro grandes intervenções, três delas na primeira parte, Odysseas Vlachodimos com quase uma dezena de defesas importantes, principalmente ano 1.º tempo.
Ainda no lado do Benfica, brilhou o jovem António Silva, numa marcação impiedosa a Mbappé. A Europa do futebol ficou a conhecer o central Encarnado, falta convencer o selecionador português Fernando Santos de que joga futebol e não voleibol.
Messi pode estar mais ou menos apagado mas foi dos seus pés que saíram as principais jogadas de ataque dos franceses. Marcou um golaço, fez umas quantas arrancadas, a mostrar porque é um dos melhores (se não mesmo o melhor) de todos os tempos.
Em noite 'não': Mbappé 'apagado'
O trio da frente do PSG mete medo mas Mbappé parece não ter a mesma conexão com Messi e Neymar, que o argentino tem com o brasileiro. O jovem francês perdeu em vários duelos com António Silva, precipitou-se nalgumas decisões no último terço. Jogar a '9' parece não favorecer o seu futebol.
Ainda pela negativa, as cenas após o apito final, a envolverem Luisão e Hakimi e Donnarumma e António Silva.
Reações:
Roger Schmidt: "Depois deste empate, o grupo fica mais duro"
Vitinha: "Empate sabe a pouco. Em Paris vamos mostrar que devíamos ter saído vencedores hoje"
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