O histórico Ajax defronta o Benfica pela quarta vez na principal prova de clubes da UEFA, medindo forças nos ‘oitavos’ da Liga dos Campeões de 2021/22, num confronto em que os holandeses saíram sempre por cima.

Tal como o Benfica, na década de 60, o Ajax não vive os anos de ouro da década de 70, que lhe deram três títulos europeus (1970/71, 1971/72 e 1972/32) na ‘era’ Johan Cruyff, ou a época de 1994/95, sob o comando de Louis Van Gaal, mas tem conseguido alguma 'afirmação'.

Ao contrário dos ‘encarnados’, os holandeses têm, recentemente, demonstrado aspetos interessantes na elite europeia, em especial com a chegada às meias-finais em 2018/19, com a equipa a ser então eliminada pelo futuro vice-campeão Tottenham.

Antes, o Ajax, que contava com De Ligt (atualmente na Juventus), Frenkie De Jong (FC Barcelona), Van de Beek (Manchester United) ou Hakim Ziyech (Chelsea), já tinha dado nas vistas na Liga Europa de 2016/17, ao ser derrotada na final pelo Manchester United.

Resultados que trouxeram a ‘cobiça’ dos grandes clubes europeus a alguns dos seus jogadores, com o clube numa permanente renovação de jogadores chave, mas mantendo outros, como Daley Blind, Tagliafico, Dusan Tadic ou Anthony.

Nesta época, em que foi a única equipa, a par dos candidatos Liverpool e Bayern Munique, a ter o ‘pleno’ de vitórias na fase de grupos – venceu o Sporting nos dois jogos (5-1 fora e 4-2 em casa) -, os holandeses viram brilhar o marfinense Haller.

A equipa, com o segundo melhor ataque, com 20 golos, menos dois do que o Bayern Munique, viu Sebastién Haller marcar metade deles (10), cinco dos quais nos dois jogos diante da equipa portuguesa.

Haller, que é uma das principais escolhas para o técnico Erik ten Hag, é também o maior goleador da equipa em todas as competições, com mais 16 golos no campeonato, prova em que o Ajax lidera, com 57 pontos, mais cinco que o PSV.

O reencontro com o Benfica acontece três épocas depois de os dois emblemas se terem defrontado na fase de grupos da ‘Champions’ (2018/19), na temporada em que os holandeses chegariam às meias-finais.

Na ocasião, o Benfica, que já contava com Vlachodimos, André Almeida, Grimaldo, Seferovic ou Rafa e era treinado por Rui Vitória, perdeu 1-0 em Amesterdão, e na Luz empatou a 1-1, num grupo em que terminou em terceiro.

Para outros confrontos entre os dois históricos é preciso recuar aos ‘tempos dourados’ de Cruyff e companhia, com o Ajax a eliminar nos quartos de final na Taça dos Campeões o Benfica, de Eusébio, em 1968/69, numa eliminatória a ‘exigir’ um terceiro jogo de desempate, e em 1971/72, já nas meias-finais.