O Benfica tem um saldo amplamente positivo no acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões em futebol, com sete apuramentos em 10 tentativas, o último a época passada, na qual afastou Spartak Moscovo e PSV Eindhoven.
Os ‘encarnados’, comandados por Jorge Jesus, superaram o Spartak, de Rui Vitória, com dois triunfos (2-0 na Rússia e 2-0 em casa), na terceira pré-eliminatória e, no ‘play-off’, afastaram o PSV, de Roger Schmidt, com uma vitória em casa (2-1) e um sofrido ‘nulo’ em Eindhoven, muito tempo com 10.
Face ao conjunto de Rui Vitória, Rafa e Gilberto marcaram na Rússia e João Mário e um autogolo de Gigot selaram o resultado na Luz, enquanto, face aos neerlandeses, Rafa e Weigl faturaram em Lisboa, tal como Gakpo, sendo que, na casa do PSV, o Benfica jogou com 10 desde os 32 minutos, por expulsão de Lucas Veríssimo.
Foi a sétima presença com sucesso no acesso à fase de grupos do Benfica, que, no ano anterior, tinha caído na terceira pré-eliminatória face aos gregos do PAOK Salónica (1-2), então comandados por Abel Ferreira.
Devido à pandemia da covid-19, tudo se resolveu num só jogo, na Grécia, onde um autogolo de Vertonghen e um tento do ex-benfiquista Zivkovic afastaram muitos milhões dos cofres do Benfica, ao qual de nada valeu o tento de Rafa, já aos 90+4.
Antes, os ‘encarnados’ só tinham caído nas pré-eliminatórias em 2003/04, face aos italianos da Lazio, e na época seguinte, em 2004/05, perante os belgas do Anderlecht, em jogos também correspondentes à terceira pré-eliminatória.
A formação romana venceu por 3-1 em casa e, depois, num inusitado jogo disputado no Bessa, voltou a triunfar, agora por 1-0, enquanto os belgas ganharam em Bruxelas por 3-0, depois de um desaire por 1-0 na Luz, selado pelo esloveno Zahovic.
Estas duas temporadas aconteceram no período mais ‘negro’ da história europeia do Benfica, que em 1999/2000 foi goleado pelo Celta de Vigo por 7-0, em 2000/01 foi eliminado da Taça UEFA pelo modesto Halmstad e em 2001/02 e 2002/03 nem ‘apareceu’.
Depois dos confrontos com italianos e belgas, o clube da Luz somava, antes de cair em 2020/21, quatro apuramentos seguidos, em 2006/07, 2007/08, 2011/12 e 2018/19, nas duas últimas épocas necessitando de superar dois adversários.
Em 2006/07, os ‘encarnados’ bateram os austríacos do Áustria Viena, com um 1-1 no Prater, onde Nuno Gomes marcou de calcanhar, ‘imitando’ o que Madjer fez na final de 1986/87, e um 3-0 em casa, com tentos de Rui Costa, mais um do ‘21’ e outro de Petit.
Os dinamarqueses do FC Copenhaga foram os adversários na época seguinte, com o Benfica a ganhar em casa por 2-1, com um ‘bis’ do agora presidente Rui Costa - no que foram os seus últimos golos na Europa -, e fora por 1-0, graças ao grego Katsouranis.
Em 2011/12, o Benfica, de Jesus, superou primeiro o Trabzonspor, com 2-0 em casa, selado por Nolito e Gaitán, e 1-1 fora, onde o espanhol também marcou, e, depois, o Twente, com 2-2 nos Países Baixos, com mais um de Nolito e outro de Cardozo, e 3-1 na Luz, onde ‘bisou’ Witsel e Luisão também faturou.
Há quatro anos, os ‘encarnados’ superaram o Fenerbahçe, com 1-0 em casa (golo de Cervi) e 1-1 fora (Gedson), e o PAOK, com 1-1 na Luz (Pizzi) e 4-1 em Salónica, com tentos de Pizzi, Jardel e Salvio, que ‘bisou’ de penálti.
Antes das eliminações face a Lazio e Anderlecht, o Benfica já tinha chegado à fase de grupos em 1998/99 sem problemas, face ao Beitar Jerusalém: um 6-0 em casa sentenciou, mas não ‘apagou’ uma derrota em Israel por 4-2, na segunda mão.
Em 1991/92, numa edição que não entra nas contas da UEFA como sendo da Liga dos Campeões, o Benfica também chegou à fase de grupos, apenas para oito (dois grupos de quatro), ao afastar sucessivamente o Hamrun e o poderoso Arsenal.
Os malteses foram ‘despachados’ por 10-0, com um ‘póquer’ do internacional russo Yuran no 6-0 caseiro, e, face ao Arsenal, as ‘águias’, de Sven-Goran Eriksson, ‘voaram’ em Highbury, com um triunfo por 3-1, após prolongamento, selado com um ‘bis’ do brasileiro Isaías e um tento do russo Kulkov, após 1-1 na Luz.
Para chegar à fase de grupos de 2022/23, o Benfica terá de ultrapassar o Midtjylland (terça-feira na Luz e a 09 de agosto na Dinamarca) e, depois, em 16 ou 17 e 23 ou 24 de agosto, Mónaco, PSV Eindhoven, Dinamo Kiev ou Sturm Graz.
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