O Benfica pode encaixar imediatamente 37,243 milhões de euros (ME) pelo acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões de futebol, caso afaste os holandeses do PSV Eindhoven no ‘play-off’, cuja primeira mão ocorre na quarta-feira.
Depois de terem falhado a 11.ª presença seguida em 2020/21, ao perder no estádio dos gregos do PAOK (2-1), em jogo único da última fase preliminar, as ‘águias’ tentam juntar-se ao campeão nacional Sporting e ao FC Porto para consumar um autêntico ‘jackpot’.
A entrada no lote de 32 clubes presentes na fase de grupos da principal competição europeia valerá imediatamente 15,64 ME ao Benfica, que afastou os russos do Spartak Moscovo, de Rui Vitória, na terceira pré-eliminatória (4-0 no agregado das duas mãos).
Além do prémio fixo de participação, que estava estabelecido em 15,25 ME nas épocas anteriores, a SAD liderada por Rui Costa poderá vir a extrair outras receitas variáveis, desde o desempenho nas fases seguintes da prova até ao montante do ‘market pool’, associado aos direitos televisivos, além da posição no ‘ranking’ da UEFA a 10 anos.
Os 600,6 ME destinados a essa rubrica são distribuídos consoante o rendimento desportivo, além de um bónus inerente a conquistas anteriores de títulos europeus.
Se eliminar o PSV Eindhoven, o Benfica vai entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões como o 14.º dos 32 emblemas presentes com melhor desempenho a nível continental na derradeira década, com um coeficiente acumulado de 172,000 pontos.
Multiplicando o valor unitário de 1,137 ME, que também foi revisto em alta face aos 1,108 ME anteriormente pagos, pelas 19 posições escaladas em 32 possíveis, o acesso das ‘águias’ à liga ‘milionária’ agregará mais 21,603 ME, num total imediato de 37,243 ME.
Atento a diversos jogos do ‘play-off’ estará o Sporting, pois um deslize do rival lisboeta permite subir um degrau no ‘ranking’ a 10 anos, sendo que os ‘leões’ podem, na melhor das hipóteses, evoluir de 23.º para 20.º, após 87,500 pontos somados desde 2011/12.
Eliminações dos ucranianos do Shakhtar Donetsk com os franceses do Mónaco e dos austríacos do Red Bull Salzburgo perante os dinamarqueses do Brondby ajudarão a inflacionar essa fonte variável, de um mínimo de 11,37 para um máximo de 14,781 ME.
Apesar de surgirem com o estatuto de cabeça de série no sorteio marcado para 26 de agosto, os campeões nacionais vão entrar na fase principal da ‘Champions’ sempre com encaixe inferior a Benfica, caso se apure, e FC Porto, outro clube luso com vaga direta.
Independentemente da progressão desportiva daí em diante, o Sporting tem 27,01 ME garantidos à cabeça, bem longe dos 39,517 ME dos ‘dragões’, que estão no 12.º lugar entre os presentes do ‘ranking’ a 10 anos, com 185,000 pontos, sinónimo de 23,877 ME.
Os vice-campeões nacionais figuram atrás de Real Madrid (valor máximo de partida de 52,024 ME), Bayern Munique, FC Barcelona, Chelsea, Atlético Madrid, Juventus, Paris Saint-Germain, Manchester City, Manchester United, Borussia Dortmund e Sevilha.
Depois de uma temporada em que foi afastado nos quartos de final pelo atual campeão europeu Chelsea, totalizando 73,542 ME em prémios diretos, o FC Porto encara a 25.ª presença na ronda principal da Liga dos Campeões a partir do pote 3, na perspetiva de capitalizar uma eventual eliminação do Benfica através da quota de mercado televisivo.
Os 300,3 ME previstos no ‘market pool’ serão canalizados mediante o valor proporcional de cada país representado e, posteriormente, pelos respetivos clubes participantes, que recebem metade em função da prestação no seu campeonato nacional em 2020/21 e a restante quantia pelo número de jogos realizados na edição 2021/22 da ‘Champions’.
Se os três ‘grandes’ disputarem em simultâneo a fase de grupos, reeditando 2006/07, 2007/08, 2014/15 e 2016/17, o Sporting fica com 45% da quota destinada a Portugal, enquanto o FC Porto assegura 35% do montante e o Benfica os remanescentes 20%.
Caso contrário, os ‘leões’ recebem 55%, os ‘dragões’ 45% e as ‘águias’ embolsam cinco dos 30 ME entregues pela UEFA aos seis clubes derrotados no ‘play-off’, seguindo diretamente para a fase de grupos da Liga Europa, cujos prémios totais de 465 ME são bem menos atrativos que os 2.025 ME gerados pela maior prova continental de clubes.
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