O Benfica está fora da Liga dos Campeões. Os encarnados foram batidos por 3-1 pelo Barcelona esta terça-feira, na 2.ª mão da prova, depois de terem perdido o primeiro jogo na Luz por 1-0. Os culés seguem para os 'quartos' com um agregado de 4-1 nos dois jogos.

Raphinha (2) e Yamal marcaram para o Barcelona, Otamendi fez o golo do Benfica.

A formação da Luz continua sem vencer em casa do Barcelona: soma dois empates a zero (2012/13 e 2021/22) e três desaires (1-2 em 1991/92, 0-2 em 2005/06) e agora 1-3 em 2024/25.

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Coragem do Benfica durou 10 minutos

Depois das poupanças diante do Nacional, o Benfica apresentou a sua melhor cara, com Trubin a recuperar o seu lugar na baliza, Tomás Araújo na direita e Dahl a fazer o lugar do castigado Carreras. Florentino voltou ao onze, tal como Akturkogu, Schjelderup e Pavlidis.

Bruno Lage tinha pedido "coragem e ambição" aos seus jogadores para explanarem o seu jogo no Estádio Olimpico Lluis Companys diante do Barcelona, depois da derrota na 1.ª mão na Luz.

Os encarnados entraram bem, com pressão sobre os jogadores culés, a provocarem algumas perdas de bola e a deixar o adversário desconfortável.

Aos poucos, a equipa de Hansi Flick foi tomando conta do jogo, comandado por Pedri no meio-campo. Era preciso travar os artistas dos catalãs, algo que não aconteceu aos 11 minutos. Lamine Yamal 'sentou' Florentino, Otamendi que foi em auxílio do médio também não conseguiu travar o passe do prodígio de 17 anos para Raphinha encostar ao segundo poste.

A resposta encarnada surgiu de seguida. Na sequência de um canto de Schjelderup, Lewandowski desviou a bola que foi ter com Otamendi. O capitão das águias disparou de cabeça, Szczesny ainda tocou no esférico, mas não conseguiu evitar o golo do empate, aos 13 minutos. Melhor resposta era impossível.

O golo teve o condão de despertar a equipa catalã, que ganhou ascendência no jogo. O lado direito do Benfica sofria com Baldé, Olmo, Pedri e Raphinha. Aos 20, Dahl perdeu a bola, Olmo fugiu com a bola e meteu em Lamine que tentou serviu Lewandowski, o passe foi muito puxado. No mesmo minuto, corrida de Baldé que depois centrou para um remate torto de Olmo na área, numa jogada onde os culés estavam em superioridade numérica.

Aos 23 minutos é Trubin a agigantar-se para travar um tiro de Lewandowski, após combinação com Raphinha. A pressão do Benfica não surtia efeito porque o Barcelona encontrava sempre espaço.

Quem pára Lamine Yamal? Ninguém

O minuto 27 foi o minuto de Lamine Yamal. O extremo direito foi deixado sozinho com Tomás Araújo que estava circunstancialmente na esquerda, fez uma diagonal para o meio e disparou colocado, para o poste mais distante, fazendo um golaço. Muito espaço para o jovem espanhol, como ele gosta.

A montanha para o Benfica escalar começava a crescer e era preciso estancar o jogo ofensivo dos culés. O Benfica conseguiu-o com mais bola, incomodando num canto de Schjelderup e num centro de Dahl para as mãos de Szczesny. Pavlidis chegou disparar à barra, mas estava em fora de jogo. O Benfica esboçava uma reação, mas era importante não perder a bola com a equipa em ataque.

Foi isso que aconteceu aos 42 minutos. Akturkoglu não conseguiu ligar-se com Aursnes, Baldé ganhou a bola e disparou em velocidade, sem que ninguém fosse capaz de o parar. A corrida de área a área acabou com um passe na hora certa para Raphinha disparar cruzado para o 3-1, o seu segundo da noite. O Barcelona ia para o intervalo com três golos de vantagem na eliminatória.

Barça em gestão, Benfica na procura do merecido golo de honra

No recomeço após intervalo o Benfica voltou a entrar bem. Aos 50 minutos, Dahl serviu Pavlidis que centrou para Aursnes encostar para golo. Mas o tento seria anulado por fora de jogo do grego.

Bruno Lage foi à procura de resgatar a equipa, com Amdouni no lugar de Schjelderup e Renato Sanches no posto de Akturkoglu, ficando o Benfica com um meio-campo mais robusto. Mais tarde lançou Leandro Barreiro e Belotti nos lugares de Florentino e Kokçu, ficando o Benfica com dois avançados e dois médios.

O Barcelona continuava perigoso, principalmente quando ganhava a bola perto da sua área e apanhava o Benfica muito estendido no terreno. Aos 66 minutos, um dos melhores lances do jogo, desenhado entre Raphinha, Pedri, Lewandowski e De Jong. O neerlandês desviou ao segundo poste para fora, quando tinha Rapinha em melhores condições para marcar.

Hansi Flick sentiu o jogo controlado e lançou Gavi e Ferrán Torres primeiro, e depois Fermín López e Casadó nos postos de Lamine Yamal, Lewandowski, de Jong e Dani Olmo.

Apesar de a eliminatória estar quase resolvida, o Benfica nunca baixou os braços. Pavlidis tentou o golo, mas Szczesny negou-lhe as intenções. Aursnes e Dahl soltaram-se mais nos minutos finais, com várias aproximações à área culé.

Destaque para mais uma defesa de Szczesny após remate de Amdouni e para um corte de Aursnes a travar o remate de Ferrán Torres na área encarnada.

O Barcelona segue para os quartos de final da Liga dos Campeões com um conjunto de 4-1 na eliminatória e terá pela frente o Borussia Dortmund ou o Lille. O Benfica agora pode concentrar-se na I Liga e na Taça de Portugal.