Com menos posse, 66% contra 34%, menos situações de perigo e menos remates enquadrados, o Benfica ainda sonhou arrancar um triunfo na Alemanha frente ao Leipzig, que ainda lhe dava esperanças de apuramento para a próxima fase da Liga dos Campeões.
"Personalidade e ambição", afirmou Bruno Lage no final da partida. E a verdade foi essa, o Benfica fez por merecer melhor sorte na Alemanha. Ainda assim, foi a primeira vez que o conjunto encarnado não perdeu em solo germânico na Liga dos Campeões: Em 12 jogos, soma 11 derrotas e um empate.
Com um onze com maior experiência do que o habitualmente utilizado nesta edição da Liga dos Campeões, o Benfica foi uma equipa coletivamente bastante coesa.
Forte nas transições e na circulação de bola, o Benfica conseguir em vários momentos aproveitar o balanceamento ofensivo da equipa orientada por Nagelsmann.
Sem se incomodar em ter menos bola, os encarnados foram acima de tudo eficazes. Dois golos em quatro remates enquadrados. Pizzi deu vantagem ao conjunto encarnado ao minuto 20´, num jogada muito bem construída que passou por Vinicius e Taarabt.
O 2-0 esteve próximo em cima do intervalo, novamente através do médio, que atirou ao ferro da baliza adversária.
No segundo tempo, os encarnados conseguiram conter inicialmente a avalanche dos germânicos e conseguiram dilatar a vantagem, num tento de Vinicius, em nova jogada de transição.
Parecia que o mais difícil estava feito. Mas a tarefa mais complicada seria segurar o 'animal à solta' que dá pelo nome de Leipzig.
O Benfica falhou na missão de segurar a bola e tirar a bola do seu meio campo. Acabou por cair nos descontos, num bis de Forsberg, ao minuto 89´e 96´. O resultado acabou por ser frustante e o Benfica está fora da Liga dos Campeões.
Agora o emblema encarnado tem que usar a máquina de calcular para ainda tentar o apuramento para a Liga Europa.
Momento
Aquele golo sofrido ao minuto 89´, que resultou numa grande penalidade cometida por Rúben Dias. Ainda haviam nove minutos de compensação por jogar e o Leipzig acabou mesmo por chegar ao golo do empate durante esse período.
Melhores
Forsberg
Com energia inesgotável, o sueco foi um dos maiores perigos do lado dos alemães. Fez muito remates à baliza, e bisou aos 89´ e 96´.
Vlachodimos
Somou um número assinalável de defesas, tentou adiar enquanto pôde o golo do Leipzig.
Pizzi
Foi o melhor do Benfica. Muito rematador, atirou uma bola ao ferro e fez o primeiro do Benfica num forte remate de pé esquerdo. É o cimento que cola todo o jogo dos encarnados.
Carlos Vinícius
Voltou a dizer presente como opção para o ataque. Fez golo na oportunidade de que dispôs, aproveitando uma fífia dos alemães.
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