Face à conjugação de resultados até bastaria um empate para o Benfica assegurar um bilhete para os oitavos de final da Champions. Mas o conjunto de Roger Schmidt quis mais, protagonizando uma exibição categórica, em momentos até a roçar a perfeição, na forma como explanou todo o seu jogo coletivo. Rafa, João Mário e Aursnes estiveram em particular destaque no conjunto encarnado.

O Benfica esteve durante muito tempo equilibrado, muito forte no miolo e no último terço, com as combinações entre Grimaldo e Aursnes, com João Mário muito inspirado e Rafa, uma autêntica seta na frente. Forte a atacar, compacto a defender, os encarnados não deixaram a Juventus jogar e o facto é que os encarnados até poderiam ter chegado a números mais dilatados, mas acabaram por claudicar nos minutos finais. A parte final do encontro poderá servir de lição para Roger Schmidt, já que foi notório o desgaste físico da equipa.

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Até ao minuto 78´, a equipa uniu-se em uníssono, numa orquestra plena de intensidade, que quebrou os italianos. António Silva abriu o marcador para a primeira explosão na Luz. A Juve empatou por Vlahovic, com João Mário a devolver a vantagem encarnada, na marcação de uma grande penalidade. O pormenor de génio de Rafa, num gesto de calcanhar, colocou o Benfica a vencer por 3-1.

O Benfica avassalador, intenso, continuou a sê-lo no segundo tempo. Rafa, numa picadinha perante Szczesny, colocou o resultado em 4-1. O conjunto de Roger Schmidt teve a oportunidade para colocar o marcador em números ainda mais históricos para o conjunto da casa. Mas perante um ligeiro adormecimento, a Juventus conseguiu ficar numa posição em que pôde discutir o resultado, depois dos tentos de Milik e McKennie.

Momento

A obra prima de Rafa ao minuto 37´. O 27 das águias, num momento de magia e genialidade, acabou por assinar o momento do jogo, concedendo ainda uma vantagem tranquila numa fase muito importante do encontro.

Melhores

Rafa

Jogo inesquecível de Rafa Silva. Apontou dois golos, um deles genial. Trocou as voltas ao adversário, com vários pormenores de classe. Ainda poderia ter marcado mais golos, mas não teve a frieza necessária na parte final do encontro.

Aursnes

Manteve a titularidade e deu razão a Roger Schmidt. Fantástico o norueguês na forma como equilibrou a equipa e apareceu em várias zonas do terreno, tanto a atacar, como a defender, fazendo o papel de terceiro médio.

João Mário

O baluarte do Benfica a meio campo. Fez a assistência para o golo de Rafa e ainda marcou de grande penalidade. Está a ser a época de renascimento do médio.

Reações

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