Foi um Benfica de serviços mínimos no adeus à Liga dos Campeões. Com a posição já definida no grupo E, restava aos encarnados a motivação de triunfar e aumentar a conta bancária. Por outro lado, os gregos pretendiam algo que não tinham feito em cinco jogos: Pontuar na competição.
Com três entradas no onze, - Entraram Alfa Semedo, João Félix e Seferovic e saíram Fejsa, Zivkovic e Jonas - o Benfica manteve o habitual 4-3-3, com Seferovic como o homem mais adiantado. As duas partes do jogo foram bem distintas. No primeiro tempo vimos um Benfica adormecido, com mais posse, mas sem a acutilância necessária para se aproximar junto da baliza adversária.
Com o AEK a entregar de bandeja o controlo de jogo aos encarnados, o clube da Luz não soube aproveitar o domínio aparente para criar situações de perigo. A construção era demasiado lenta e previsível, o que facilitava a vida aos gregos no processo defensivo.
A única vez que os encarnados se aproximaram com algum perigo da baliza adversária - na primeira parte - foi na sequência de uma fífia dos forasteiros, não aproveitado por Seferovic que disparou por cima.
No segundo tempo, o ritmo da partida aumentou e começaram a surgir ocasiões em ambas as balizas. Curiosamente foi o AEK que criou a primeira grande ocasião, num cabeceamento de Marios Oikonomou. Este lance foi uma espécie de despertador para as águias. Com a saída de Pizzi e a entrada de Cervi, o Benfica ganhou maior dinâmica e entrou na sua melhor fase. Os encarnados passaram a conseguir ligar o seu jogo, que era canalizado preferencialmente pelo lado esquerdo, onde estavam Grimaldo e Cervi. Quem beneficiou foi Seferovic.
Ao minuto 71´, o suíço fez abanar a baliza com um cabeceamento à barra. No minuto seguinte, Gedson perante Barkas não tomou a melhor decisão e o lance acabou por perder-se. A ineficácia encarnada em lances corridos acabaria por ser quebrada numa bola parada. Grimaldo ao minuto 88´ desbloqueou o marcador num livre muito bem cobrado. Os encarnados ainda haveriam de ter oportunidade para dilatar o marcador num míssil de Seferovic que foi novamente parado pelos ferros. Acabou por valer o resultado num jogo muito aquém do Benfica. Os encarnados seguem para a Liga Europa com o estatuto de cabeças de série.
Figura: Grimaldo
Jogo muito pobre do Benfica com Grimaldo a destacar-se. Não foi só pelo golo marcado, o lateral fez muito vezes todo o corredor e colocou em sentido a defensiva grega com a sua velocidade. Fez quatro remates enquadrados à baliza, esteve bem no capítulo do passe e ainda tentou oferecer o golo a Gedson que acabou por não definir bem a jogada.
Momento
O Benfica já tinha alvejado por diversas vezes a baliza de Barkas, mas parecia que a bola não queria entrar. Foi Grimaldo, através de um exímio livre direto, que acabou por pender o marcador a favor das águias.
Altos
Seferovic
Esteve muito em jogo o avançado suíço. Atirou duas bolas aos ferros e a melhor ocasião do Benfica na primeira parte pertenceu-lhe. Pode-se queixar apenas de infelicidade e de alguma ineficácia para não ter feito o gosto ao pé.
Zivkovic
Rendeu Rafa na primeira parte e imprimiu dinâmica à equipa. Endossou uma bola de golo a Seferovic, que só foi travado pela barra.
Baixos
Pizzi
Jogo para esquecer do médio português. Lento, previsível, o jogador do Benfica deu-se muito à marcação e foi presa fácil para os adversários. Falhou demasiado e foi substituído sem surpresa na segunda parte.
Reações
Rui Vitória: "Não foi brilhante, mas foi eficiente como queríamos ser"
Seferovic e a bola nos 'ferros': "Foi falta de sorte, penso. No próximo jogo vou marcar"
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