Em plena contagem decrescente para o regresso da Liga dos Campeões, o vencedor ainda está longe de ser conhecido, mas o mesmo não se poderá dizer dos milhões que cada equipa poderá arrecadar nesta fase final.

De acordo com a atualização dos prémios levada a cabo pela UEFA, para o triénio 2018-2021, o vencedor da Champions terá direito a um prémio chorudo de 19 milhões de euros. Já o finalista derrotado arrecada 15 milhões.

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Os clubes que se apuraram para a fase a eliminar podem contar receber as seguintes quantias:

• Qualificação para os oitavos-de-final: 9,5 milhões de euros por clube
• Qualificação para os quartos-de-final: 10,5 milhões de euros por clube
• Qualificação para as meias-finais: 12 milhões de euros por clube
• Qualificação para a final: 15 milhões de euros por clube
• O vencedor da Champions receberá uma quantia adicional de 4 milhões de euros, o que perfaz os tais 19 milhões.

Pelo acesso à fase de grupos, cada clube recebeu 15,25 milhões, ao passo que cada vitória valia 2,7 milhões e cada empate 900 mil euros (apenas na fase de grupos). Vencer os seis jogos dá direito a 16,2 milhões de euros, o que é mais um 'jackpot' e que significará, obviamente, somar mais 9,5 milhões pelo apuramento para os oitavos de final.

Não esquecer, ainda, a inclusão do prémio por ranking UEFA dos últimos 10 anos, com base nos títulos de campeão europeu conquistados no passado e no histórico de resultados dos clubes na competição. São distribuídas parcelas de 1,108 milhões de euros de forma crescente aos 32 participantes na fase de grupos: esse é o valor que ganha o pior classificado do ranking, ao passo que o clube acima ganha o dobro, o seguinte o triplo e assim sucessivamente até ao mais bem classificado (Real Madrid), que recebe 35,4 milhões de euros só em prémio ranking - para além do prémio de entrada.

Feitas as contas ao único clube português em prova em 2019/20, o Benfica não foi além da fase de grupos e trouxe para casa um total de 49,75 milhões de euros só em prémios da UEFA: 42,95 milhões pela entrada na fase de grupos - 15,25 correspondem à presença na fase de grupos e 27,7 ao valor mínimo que os 'encarnados' podem receber pelo ranking dos últimos 10 anos - 5,4 milhões pelas duas vitórias sobre o Lyon e o Zenit, 900 mil euros do empate contra o RB Leipzig, e mais 500 mil euros pelo apuramento para os 16 avos-de-final da Liga Europa.

A estes valores somam-se dinheiros relativos aos direitos de transmissão dos jogos, o chamado 'market pool'. A UEFA distribuiu esta temporada um total de 292 milhões de euros pelos 32 clubes.

Tendo em vista a próxima edição da Champions, o FC Porto já garantiu a presença na fase de grupos, ao sagrar-se campeão nacional, enquanto o Benfica terá de passar pelas pré-eliminatórias. Os valores que a UEFA irá distribuir aos clubes na próxima temporada ainda não são conhecidos – motivo explicado pelo adiamento da presente edição da competição para agosto.

Atualmente, no ranking da UEFA a 10 anos (pode consultar aqui), o FC Porto ocupa o nono posto e o Benfica é 11.º.

Impacto da Champions em Lisboa

Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) estima um impacto económico de 50,4 milhões de euros da fase final da Liga dos Campeões, marcada para agosto. Recorde-se que em Lisboa estarão com oito equipas e serão disputados sete jogos, entre os Estádios de Alvalade e da Luz, desde os quartos de final até à final.

Mesmo sem público nas bancadas dos estádios da Luz e Alvalade, há 16 mil adeptos sem bilhete e 3.300 visitantes previstos na final, a que se juntam 600 elementos das comitivas das equipas, 400 jornalistas, 1.000 pessoas no staff de apoio à competição, 1.000 convidados da UEFA, 200 elementos de produção de televisão e 42 elementos das equipas de arbitragem.

O estudo aponta várias vantagens para a cidade de Lisboa, que vão para além da visibilidade externa. Desde logo o impacto económico direto, com quase metade (49%) dos 50 milhões de euros concentrado na alimentação e bebida. Destaque ainda para o alojamento, com estadas mais longas devido ao modelo concentrado da fase final (13%), as viagens (9%), atividades turísticas (5%) e com percentagens menores atividades publicitárias, eventos, compras e outras atividades comerciais.

A final da Liga Milionária é “uma oportunidade muito positiva para os anunciantes alcançarem o público de futebol em grande escala. Em média, os telespectadores da Liga dos Campeões assistem a mais de uma hora da final, embora a tendência nos últimos anos tenha vindo a diminuir”, conclui o IPAM.

Em termos comparativos, a anterior final da Liga dos Campeões jogada em Portugal, em 2014, gerou 46 milhões de euros de impacto económico, embora essa recente feita tenha sido referente a apenas um jogo.

Recorde-se que o Comité Executivo da UEFA escolheu Lisboa para receber o desfecho da edição de 2019/20 da Liga dos Campeões, com uma final inédita a oito. São sete jogos, eliminatórias, nos estádios da Luz e José Alvalade, entre 12 e 23 de agosto.

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