A temporada europeia de clubes termina este sábado, na cidade do Porto, com o Estádio do Dragão a receber a partir das 20h00 a final da Liga dos Campeões, que colocará frente a frente o Manchester City - onde alinham os portugueses Rúben Dias, João Cancelo e Bernardo Silva - e o Chelsea.

Será o segundo ano consecutivo que (devido à COVID-19) a final da mais importante prova de clubes terá lugar em solo português e a quarta em toda a História. Para o Manchester City esta será a sua primeira final de sempre, diante de um Chelsea que participa no duelo decisivo pela terceira vez e que procurará repetir o triunfo de 2012.

Esta vai ser a terceira final da Liga dos Campeões totalmente inglesa, tendo o Chelsea participado na primeira, a qual perdeu nos penáltis frente ao Manchester United de Cristiano Ronaldo e Nani em 2008, em Moscovo. Há dois anos, o Liverpool derrotou o Tottenham Hotspur em Madrid. Ao todo, será a oitava final da UEFA Champions League entre clubes do mesmo país.

Estreante em finais, o City é o nono clube inglês a marcar presença no jogo de todas as decisões da prova e vai jogar num palco onde já atuou esta temporada. Na fase de grupos, os 'cityzens' empatara sem golos na visita ao terreno do FC Porto, naquele que foi o único jogo que não conseguiu vencer na competição esta época. Já o Chelsea já jogou por quatro vezes ao longo da sua história no Estádio do Dragão, mas só aí venceu por ma vezvenceu apenas uma vez em quatro tentativas.

Ao leme do City, Josep Guardiola, vencedor pelo Barcelona em 2009 e 2011, pode tornar-se no sexto treinador a vencer a Taça dos Campeões Europeus por dois clubes diferentes, depois de Ernst Happel (Feyenoord 1970, Hamburgo 1983), Ottmar Hitzfeld (Borussia Dortmund 1997, Bayern Munique 2001), José Mourinho (Porto 2004, Internazionale 2010), Jupp Heynckes (Real Madrid 1998, Bayern 2013) e Carlo Ancelotti (AC Milan 2003, 2007, Real Madrid 2014). Do lado do Chelsea, Thomas Tuchel levou o Paris Saint-Germain à final da época passada, onde foi derrotado por 1-0 pelo Bayern, em Lisboa; é o primeiro técnico a levar dois clubes diferentes à final da Taça dos Campeões Europeus em temporadas consecutivas.

Histórico de encontros: Chelsea com mais vitórias e com vantagem também nos duelos desta época

Este será o 169º encontro da história entre os dois clubes e, provavelmente, o mais importante de sempre. Nos 168 anteriores, a vantagem pende para o lado do Chelsea, que somou 70 vitórias, contra apenas 58 do City. Porém, esta será a quinta vez que as duas equipas se vão encontrar em campo neutro e, nas anteriores quatro, o emblema de Manchester venceu duas, enquanto o Chelsea ganhou apenas uma.

As duas equipas já se defrontaram uma vez nas competições europeias. Foi nas meias-finais da Taça dos Vencedores das Taças de 1970/71. O Chelsea venceu por 1-0 em ambas as mãos contra o então detentor do troféu City. Os londrinos viriam, depois, a suceder ao conjunto de Manchester como vencedores da competição, batendo o Real Madrid após a disputa de uma finalíssima.

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Os últimos dez embates entre os dois clubes dão conta de algum equilíbrio, com cinco vitórias do City, um empate e quatro vitórias do Chelsea. Porém , conjunto londrino levou a melhor em duas das três vezes que os dois clubes já se defrontaram em 2020/21. Começou por perder por 3-1 em casa, na primeira volta da Premier League, mas levou depois a melhor quer nas meias-finais da Taça de Inglaterra (1-0 em campo neutro), quer na segunda volta da Premier League (2-1 em Manchester, já no presente mês).

O atual treinador do Chelsea, Tuchel, nunca tinha batido Guardiola como treinador antes desta temporada. O seu registo frente ao técnico espanhol, ao leme do Mainz e do Dortmund, era de dois empates e três derrotas, com apenas dois golos marcados e 11 sofridos. O confronto mais recente antes das duas vitórias de Tuchel contra o City nesta temporada datava da final da Taça da Alemanha de 2015/16, com o Bayern de Guardiola a vencer nos penáltis após um empate sem golos. Esse foi, curiosamente, o último jogo de Guardiola nos bávaros antes de rumar a Manchester.

Momento de forma: Na 'Champions', FC Porto foi quem mais dores de cabeça deu a City e Chelsea. 'Cityzens' atravessa, melhor série de resultados

O Manchester City venceu oito dos últimos 11 jogos que disputou no conjunto de todas as competições, tendo perdido os outros três. Mas duas dessas três derrotas foram, precisamente, frente ao Chelsea. Campeão inglês esta temporada, com uma vantagem dilatada, na presente edição da Liga dos Campeões o City somou até ao momento umas impressionantes 11 vitórias e um empate em 12 jogos. Só não venceu, precisamente, no Estádio do Dragão, frente ao FC Porto, e esse foi o único jogo em que não marcou qualquer golo. Ao todo, nessas 12 partidas, marcou 25 golos e sofreu quatro.

Quanto ao Chelsea, sofreu três derrotas nos últimos quatro jogos que disputou no conjunto de todas as provas, mas antes atravessava uma série de apenas uma derrota em dez jogos. Terminou a Premier League inglesa no quarto lugar, a uns distantes 19 pontos do City. Nesta edição da Liga dos Campeões, nos 12 jogos que disputou ganhou oito, empatou três e perdeu apenas um, curiosamente frente ao FC Porto. Marcou 22 golos, menos três golos do que o seu adversário na final, mas sofreu os mesmos (apenas quatro).

Equipas prováveis: Dois portugueses de início no City e outro no banco?

Josep Guardiola deverá apostar em Rúben Dias (eleito jogador do ano da Premier League inglesa)  e em Bernardo Silva para o seu onze inicial. Já João Cancelo deverá começar no banco, com o técnico espanhol a apostar em Zinchenko para a titularidade, em detrimento do lateral português.

Do lado do Chelsea, Werner deve levar a melhor sobre Giroud na corrida a um lugar na frente de ataque e Havertz deve ser suplente.

Manchester City: Ederson; Walker, Stones, Rúben Dias, Zinchenko; Bernardo Silva, Fernandinho, Gündoğan; Mahrez, De Bruyne, Foden

Chelsea: Mendy; Christensen, Thiago Silva, Rüdiger; Azpilicueta, Jorginho, Kanté, Chilwell; Pulišić, Werner, Mount

O que dizem os treinadores?

Josep Guardiola, treinador do Man. City: "Vamos tentar fazer o melhor jogo possível e dar sequência ao que temos feito juntos. Este jogo é um final de processo que começámos há uns anos. Estou certo de que será um bom jogo e que a equipa que merecer vai ganhar. Vencer é o objetivo dos jogadores e do clube, mas é um privilégio estar aqui [na final]. Toda a gente fala da pressão, mas acho que podemos desfrutar o jogo e dar o nosso melhor"

Thomas Tuchel, treinador do Chelsea: "Estamos conscientes que o City é uma referência, mas no futebol temos sempre de tentar minimizar as diferenças. Já o fizemos duas vezes esta época, porque fomos corajosos e mostrámos qualidades. Temos de estar atentos aos detalhes. Não somos favoritos, mas queremos levantar o troféu. É um adversário que cria muitas oportunidades, circulam rápido a bola, mas temos confiança em nós. Já mostramos boas prestações com a equipa. Se estamos nesta final é porque merecemos e só temos de agarrar esta oportunidade."

O árbitro: espanhol estreia-se em finais europeias

O Comité de Arbitragem da UEFA elegeu Antonio Miguel Mateu Lahoz para arbitrar árbitro esta final da UEFA Champions League de 2020/2021.

O árbitro espanhol, de 44 anos, internacional desde 2011, vai dirigir a sua primeira final da pova, depois de ter estado, como quarto árbitro, na final da edição de 2019.

Mateu Lahoz apitou seis jogos na UEFA Champions League esta temporada e será um dos árbitros a marcar igualmente presença na fase final do próximo Campeonato da Europa.

MANCHESTER CITY E CHELSEA ENTRAM EM CAMPO A PARTIR DAS 20H00 DESTE SÁBADO. PODERÁ ACOMPANHAR AQUI, NO SAPO DESPORTO, TODAS AS INCIDÊNCIAS DO ENCONTRO