A Liga Conferência tem resultado num drama completo para as equipas portuguesas, e o apuramento uma miragem para a competição 'maldita' e mais recente da UEFA a nível de clubes.
Este ano, a qualificação nunca esteve tão próximo de acontecer. O V. Guimarães está com pé e meio na competição regular, mas será preciso confirmar nesta quinta-feira frente aos bósnios.. Foram cinco os triunfos até agora nas fases de qualificação: Frente ao Floriana (0-1 e 4-0), Zurich (0-3 e 2-0) e na primeira mão frente ao Zrinjski Mostar, na 1.ª mão do playoff.
Tudo que se encaminha para que os vimaranenses, em representação dos clubes portugueses, garantam presença pela primeira vez na fase regular da Liga conferência.
Caminho cheio de espinhos
À terceira espera-se que seja de vez. O Vitória Sport Clube já caiu por duas vezes nas eliminatórias desta competição, a terceira da UEFA, mas onde Portugal ainda não conseguiu colocar nenhum clube na fase regular.
A competição arrancou em 2021, numa espécie de 'piscadela' de olho da UEFA a emblemas de média dimensão. A UEFA Champions League está, como se sabe, mais à medida dos milionários e históricos emblemas europeus. Mesmo a Liga Europa, segunda competição 'uefeira' ganhou outro tipo de protagonismo, seja pela presença de equipa das 'big 5', como também pelo facto das equipas da Champions poderem cair para a segunda competição, ao serem terceiras na fase de grupos. Este ano, isso já não sucede com a mudança no modelo das competições.
Também por isso a Liga Conferência poderia ser uma oportunidade para alguma equipa média da I Liga poder chegar longe, ou quem sabe ganhá-la. Mas o que é facto, é que desde a sua criação nenhum equipa lusa conseguiu chegar à fase de grupos.
Na temporada passada, o V. Guimarães caiu sem apelo nem agravo frente ao vice-campeão da Eslovénia, depois de até ter vencido em casa do adversário por 3-4 frente ao NK Celje.
O Vitória já tinha tentado a sua sorte em 22/23, depois de levar a melhor frente ao Puskas Akademia, da Hungria, na 2.ª pré-eliminatória. Caiu depois frente ao Hajduk Split.
O Gil Vicente ainda chegou a ultrapassar o Riga (5-1). Mas a equipa de Barcelos foi mais à frente cilindrada pelo 'rodadíssimo' AZ Alkmaar por 6-1.
O Santa Clara, no ano de estreia, em 20/21, ainda ultrapassou duas eliminatórias, mas depois caiu frente ao Partizan Belgrado por 3-2 no playoff, vendo-se arredado da competição. Nesse mesmo ano, o Paços de Ferreira venceu o Larne da Irlanda do Norte, mas caiu sem surpresa frente ao poderoso Tottenham (1-3).
Por fim, no ano passado, o Arouca caiu na terceira pré-eliminatória, ao ser derrotado em casa pelos noruegueses do Brann, por 3-1, na segunda mão. Os arouquenses tinham vencido em casa por 2-1, mas não conseguiram segurar a vantagem obtida na segunda mão. Já na próxima quinta-feira, a responsabilidade está por isso agora do lado dos minhotos.
Na antecâmara do encontro de quinta-feira, para a segunda mão do play-off, o último no caminho vitoriano rumo a uma possível estreia lusa na fase de liga, Rui Borges avisou que os seus jogadores vão "passar por dificuldades desde o primeiro minuto" e têm de "ser capazes de lidar com elas", recusando sentir-se confortável com a vantagem de três golos obtida na primeira mão, em Guimarães.
"O 3-0 não nos garante nada. Temos de estar ligados desde o primeiro segundo. Temos de ser muito competitivos, porque eles são também assim. Temos de estar todos focados para passar à fase de liga da Liga Conferência, até porque não houve nenhuma equipa portuguesa a consegui-lo. Queremos engrandecer o nome do nosso clube", disse, na antevisão à partida marcada para as 20:00 locais (19:00 de Lisboa).
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