O treinador Rui Borges considerou hoje que “a consistência e a qualidade de jogo” podem ser ‘chaves’ para o Vitória de Guimarães derrotar os suíços do St. Gallen e garantir os oitavos de final da Liga Conferência de futebol.

Responsável por uma equipa que soma nove vitórias e um empate nos jogos europeus da temporada em curso, o técnico de 43 anos realçou que os minhotos, quintos classificados da fase de liga, com 10 pontos, dependem apenas de si para ‘carimbar’ a qualificação direta para a fase a eliminar, “um grande objetivo em que, se calhar, ninguém acreditava”.

“Queremos muito o acesso direto aos oitavos de final. Temos de ter consistência e qualidade. Se mantivermos a qualidade de jogo, sairemos daqui com os três pontos e com os oitavos garantidos. É um objetivo claro após termos conseguido o play-off. Isso engrandecerá o nosso trabalho, o clube, a cidade e o país”, disse, na antevisão ao jogo de quinta-feira, referente à quinta jornada da fase de liga.

Ciente de que os 13 pontos, em caso de triunfo perante o St. Gallen, podem assegurar um lugar entre os oito primeiros na quinta-feira, mediante uma combinação favorável de resultados, Rui Borges frisou que o Vitória deu “uma resposta muito boa” nas três partidas anteriores, com “boas dinâmicas ofensivas” que quer ver mantidas.

De regresso a solo helvético após o triunfo minhoto sobre o Zurique (3-0), em 08 de agosto, para a terceira pré-eliminatória da Liga Conferência, o ‘timoneiro’ vitoriano avisou que o jogo em St. Gallen vai ser diferente, perante uma equipa que precisa de vencer para se manter no encalço do play-off, numa altura em que ocupa o 25.º lugar, com quatro pontos.

“Será um jogo bastante competitivo contra uma equipa intensa, muito boa a nível físico, com uma estrutura tática um pouco diferente daquela a que estamos habituados. Eles vão dar-nos espaços que vamos tentar aproveitar, mas temos de estar preparados para as transições deles. (…) Temos de estar muito concentrados na defesa, porque eles são muito fortes no último terço”, descreveu.

Agradado com o esperado apoio de mais de um milhar de adeptos do Vitória, o treinador nascido em Mirandela referiu que a sua equipa tem, sobretudo, de se manter fiel à “ideia de jogo” e encarou com naturalidade as ausências de Bruno Gaspar, Borevkovic e Chucho Ramírez, por lesão.

“Temos tido muito sorte em não termos muitas lesões graves com este acumular de jogos. Oxalá assim continue. São contrariedades, mas a minha ideia [de jogo] não fica dificultada. Há jogadores à espera da oportunidade. (…) Estou aqui para arranjar soluções”, disse.

Ao lado de Rui Borges, o defesa central Óscar Rivas frisou que o Vitória quer “competir com alta intensidade do primeiro ao último minuto”, mas com a tranquilidade necessária para vencer um jogo no qual se espera uma temperatura a rondar os dois graus Celsius negativos.

“O frio não pode servir de desculpa. Vai ser uma partida de muitos duelos físicos, com uma intensidade muito alta. Vai ser uma boa oportunidade para procurar conquistar os três pontos. Se confiarmos em nós próprios, podemos conquistá-los”, disse o jogador espanhol, de 24 anos.

O Vitória de Guimarães, quinto classificado, com 10 pontos, defronta o St. Gallen, 25.º, com quatro, no Kybunpark, em St. Gallen, a partir das 21:00 locais de quinta−feira (20:00 de Lisboa), com arbitragem do escocês Nicholas Walsh.