Declarações após o Puskás Akadémia – Vitória de Guimarães (0-0), da segunda mão da segunda pré-eliminatória da Liga Conferência Europa de futebol, disputado em Felcsút, na Hungria:

Moreno Teixeira (treinador do Vitória de Guimarães): “Poderíamos ter feito mais com bola, mas estou muito satisfeito com a organização defensiva, com o momento sem bola, com o espírito que a equipa teve. Em dois jogos, tivemos dois golos sofridos. Reconheço que poderíamos ter tido mais bola, mas as melhores oportunidades são nossas. A equipa húngara teve oportunidades nas bolas paradas e esse é outro momento que, enquanto equipa e grupo, teremos de melhorar.

Poderíamos ter feito mais, mas tivemos sempre a eliminatória controlada. Reconheço que a Puskás, com alguma facilidade, chegou à nossa baliza, mas a eliminatória tivemo-la sempre controlada. Dou os parabéns aos jogadores, porque era esse o objetivo. Temos de melhorar e vamos melhorar a nossa qualidade de jogo, não tenho dúvidas.

Reconhecemos, antes do primeiro jogo em Guimarães, que iríamos passar dificuldades. Esta equipa era difícil. Pertence a um campeonato que tem crescido muito. Tem jogadores muito interessantes. A eliminatória ficou, em muito, decidida pela fantástica primeira parte que fizemos em Guimarães. Houve muito mérito dos nossos atletas.

A qualidade não foi a melhor, mas houve reação à perda. A equipa esteve quase sempre muito equilibrada. Essa é uma das coisas que temos trabalhado. Mas é verdade que só isso não chega para ganhar jogos. Não há equipas que só ganhem no ‘grito’. Têm também de ganhar na qualidade. Temos de fazer os atletas ‘soltarem-se’ para trazerem ‘cá para fora’ o seu talento.

Estes dois jogos vão-nos ajudar a melhorar, porque os podemos observar para mostrarmos aos atletas o que fizemos bem para repetir e o que fizemos menos bem para tentar corrigir. Vamos tentar desfrutar desta passagem de eliminatória para depois nos focarmos no Hajduk Split. Percebemos as dificuldades que vamos ter, mas vamos lutar para passar a eliminatória, porque não há outra forma de representarmos este clube.

Confio muito em todos [os jogadores oriundos da equipa B]. Sei o valor deles. Neste momento, estão integrados na equipa A, porque reconhecemos neles potencial. Uma das razões que nos fez aceitar o convite foi a qualidade que existia no grupo e o conhecimento da equipa B. Alguns ainda não estão preparados para este tipo de exigência. Terão de ser [promovidos] com calma. […] Esses atletas entraram, porque achámos que iam acrescentar. Não escondo que, para nós, é uma satisfação ter estes miúdos todos connosco”.