O atual presidente da Académica – Organismo Autónomo de Futebol (OAF) e candidato às eleições de sábado, Pedro Roxo, aposta na alteração do modelo societário, com a criação de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD), e do modelo de gestão.

Pedro Roxo encabeça a lista D, com o lema “Académica com Vida”, e assenta o seu projeto em “três pilares de crescimento: ADN briosa, rigor e transparência e crescimento com sustentabilidade”, através de “uma reestruturação profunda na organização, com gestão profissional e uma aposta clara na formação”.

Tal como nas anteriores eleições, a sua prioridade vai para a criação de uma SAD, avançando com a proposta apresentada em maio pela atual direção, que estabeleceu um contrato com a empresa americana Athlon Family Office para a alienação de 49% do capital social, correspondente a um aumento de capital de 4,9 milhões de euros.

Segundo o contrato assinado entre as partes, que carece de aprovação em Assembleia Geral após as eleições de sábado, a investidora terá de entregar meio milhão de euros até 15 dias após a deliberação favorável pelos sócios do clube e mais 1,5 milhão de euros até ao dia 30 de junho.

O restante montante (2,9 milhões de euros) terá de ser liquidado em duas parcelas iguais, uma até ao dia 31 de janeiro de 2023 e a outra até 31 de outubro do mesmo ano.

Pedro Roxo garantiu que os 4,9 milhões de euros serão utilizados para liquidar o passivo do Organismo Autónomo de Futebol (OAF) e “reorganizar financeiramente o clube”, pagando os salários em atrasos com a primeira tranche de 500 mil euros.

A investidora compromete-se a dotar a Académica SAD dos meios financeiros para investimento na equipa de futebol profissional nos próximos cinco anos, assegurando um orçamento anual mínimo de 1,2 milhão de euros para a Liga 3, três milhões na II Liga e 5,5 milhões de euros na I Liga.

Apesar de ficar ligado à descida dos ‘estudantes’ pela primeira vez à Liga 3, Pedro Roxo salienta que se recandidata “por um imperativo de consciência, porque jamais seria capaz de abandonar o meu emblema de sempre, num dos piores e mais difíceis momentos da sua história”.

“Não ignoro, contudo, a minha responsabilidade nesta crise séria em que estamos mergulhados. Uma crise que, apesar de estrutural e não apenas fruto das circunstâncias do momento, tem o meu rosto como primeira face visível”, reconhece.

O candidato salienta que avança “inconformado e desejoso de corrigir a atual situação, com um projeto sólido, que visa transformar o obsoleto e inadequado modelo de gestão da Académica, preparando-a para o futuro, recuperando-lhe força e alma”.

A lista D candidata à Mesa da Assembleia Geral João Paulo Pinto Mendes, ao Conselho Fiscal Pedro José Peão Duarte e ao Conselho Académico Horácio Antunes.

A Académica é liderada há cinco anos por Pedro Roxo, que assumiu a presidência depois da saída de Paulo Almeida e venceu as últimas eleições, realizadas há três anos, contra o médico Joaquim Reis.

A sufrágio vai estar outra lista, liderada pelo jurista Miguel Ribeiro, que foi coordenador dos escalões de formação do clube.

Os 'estudantes' desceram esta época à Liga 3, ao fim de 88 épocas consecutivas entre o primeiro e segundo escalões de futebol nacionais, como último classificado da II Liga de futebol, com somente 17 pontos, fruto de apenas três vitórias e oito empates, além de 23 derrotas.

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