O Cova da Piedade SAD ficou de fora do sorteio da Liga 3, que se realiza na sexta-feira, de acordo com a lista de clubes das duas séries do escalão divulgada hoje pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
A equipa de Almada, que, após um acordo de fusão, aprovado pelos sócios, em março, herdou a estrutura e a licença desportiva do agora extinguido BSAD, despromovido da II Liga ao terceiro escalão, deveria constar da lista do sorteio, mais concretamente na Série B, sendo que, no seu lugar, surge o Pero Pinheiro.
A formação de Sintra tinha falhado na última época a subida à Liga 3, ficando em terceiro lugar na Série 2 de subida do Campeonato de Portugal, atrás de Atlético e 1.º de Dezembro, que tinham sido promovidos.
Desta forma, o Cova da Piedade SAD deve ser relegado para os campeonatos distritais, mantendo-se, contudo, ainda à espera do resultado da providência cautelar que interpôs no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), alegando irregularidades no licenciamento do Länk Vilaverdense, que subiu na última temporada subiu à II Liga, precisamente ao afastar a BSAD no play-off.
Caso a decisão lhe seja favorável, o Cova da Piedade SAD poderá vir a ocupar a vaga dos minhotos no segundo escalão.
Rui Pedro Soares detém a sociedade anónima Codecity, que tinha a maioria do capital social da BSAD e agora do Cova da Piedade SAD, que não recebeu o licenciamento da federação para participar nas suas competições.
“A validade da união entre as duas entidades é reconhecida pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), mas não pela FPF, pelo que estaríamos no absurdo de uma entidade cumprir os requisitos de licenciamento para disputar uma competição profissional mas não os de uma competição inferior, não profissional”, queixou-se, em 21 de junho, o líder da BSAD, Rui Pedro Soares, em comunicado.
O acordo do Cova da Piedade com a Codecity previa, entre outros pontos, a mudança de nome e a utilização das instalações do clube da margem sul do rio Tejo.
Entretanto, em 11 de julho, o mesmo Cova da Piedade SAD interpôs no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) uma providência cautelar contra a Liga de clubes de futebol, relativa à inscrição do Länk Vilaverdense.
Em causa a contestação da legalidade da inscrição dos minhotos nas competições profissionais, apontando “várias irregularidades”, entre as quais o capital social insuficiente para participar na II Liga no final do prazo de entrega da documentação.
O BSAD foi despromovido à Liga 3 na época que terminou, depois de perder no play-off de manutenção disputado a duas mãos precisamente frente ao Länk Vilaverdense, sendo afastado das competições profissionais.
Liderada por Rui Pedro Soares, a BSAD tinha derivado de um extenuante e longo processo de separação com o Belenenses, clube que em 2012 vendeu a maioria do capital social da sua sociedade anónima à Codecity, mas que, em 2018, afastou-se daquela SAD e reiniciou o seu percurso a ‘solo’ nos distritais de Lisboa, até atingir este ano a subida à II Liga.
Comentários