O Cova da Piedade vai recorrer a todos os meios legais para assumir o lugar “que é seu por direito” nas competições profissionais de futebol, disse hoje o presidente do clube de Almada à agência Lusa.
“Seja qual for o escalão, logicamente que a Cova da Piedade SAD irá competir na próxima época, não deixando de fazer todas as tentativas para repor a verdade e assumir o lugar que é seu por direito”, frisou Paulo Veiga.
Em comunicado, o clube da margem sul do Tejo informou que solicitou à Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) “acesso para consulta” dos processos de licenciamento das sociedades desportivas para as competições da Liga, uma vez que diz ter “conhecimento próprio e até público” de que alguns “contêm indícios de irregularidades passíveis de exclusão dos candidatos”.
“Solicitámos a análise aos documentos, mas só nos foi autorizado o acesso a partir de quarta-feira”, confirmou Paulo Veiga.
Já na segunda-feira, também o Sporting da Covilhã, despromovido à Liga 3, disse ter solicitado a consulta dos processos de licenciamento para a próxima época ao organismo, tendo este demonstrado “disponibilidade para aceder ao pedido, exclusivamente, no dia 06 de julho [quinta-feira], às 10:00”.
O Cova da Piedade pretende ocupar o lugar da BSAD nas competições nacionais, após um acordo de fusão com a Codecity - sociedade desportiva liderada por Rui Pedro Soares - aprovado já este ano pelos sócios do clube.
Após a descida de divisão da BSAD, para a Liga 3, o clube aguardava a divulgação da lista de clubes licenciados pela LPFP para as competições profissionais da I Liga e II Liga na expectativa de poder ocupar uma vaga nos campeonatos profissionais.
Até porque, no mês passado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) não aceitou o processo de licenciamento do Cova da Piedade para a Liga 3, deixando o clube “no absurdo de cumprir os requisitos de licenciamento para disputar uma competição profissional [II Liga], mas não os de uma competição inferior [Liga 3]”, revelaram, então, os piedenses.
Relativamente a esse processo, “está a decorrer o recurso” do Cova da Piedade, confirmou Paulo Veiga à agência Lusa, adiantando que o que está em causa é “a certificação do futebol de formação” que a FPF “entende que a BSAD não cumpriu” e o clube entende que sim.
Até porque, explicou o dirigente, “neste momento” já "só existe a Cova da Piedade SAD", após o clube ter adquirido os direitos desportivos da antiga BSAD.
Também por isso, independentemente do desfecho de ambos os processos de recurso interpostos junto das entidades que gerem a II Liga e a Liga 3, “o projeto do Cova da Piedade SAD é para continuar”.
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