Uma nova era está a começar na Catalunha. Depois de anos e anos a vibrarem com as jogadas e com os golos de Lionel Messi, os adeptos do Barcelona viram o seu ídolo partir. Mas não foi o único. No fecho do mercado, Antoine Griezmman também deixou o clube para voltar ao Atlético de Madrid. E, na época passada, tinha sido Luis Suárez a rumar aos 'colchoneros'.
No espaço de pouco mais de um ano, o Barcelona perdeu três verdadeiros astros do futebol mundial que pontificavam na sua frente de ataque. Para quem estava habituado a ver na constituição das equipas um trio de ataque formado por Messi, Suárez e Griezmann - ou, antes disso, por Messi, Suárez e Neymar - não será agora fácil olhar para as fichas de jogo e ver Depay, Aguero e Braithwaite (ou De Jong, ou Dembelé). Não que estes não tenham qualidade. Mas não será, necessariamente, a mesma coisa.
O que o Barça perdeu (e ganhou) com as saídas de Messi e Griezmann
A verdade é que a situação delicada do Barça levou o clube a dar prioridade aos aspectos económicos em detrimento dos deportivos, face às perdas milionárias e ao avolumar da dívida do clube. E isso levou então à saída das duas principais peças do ataque da equipa na época passada: Leo Messi e Antoine Griezmann.
Se, a nível financeiro, de acordo com as contas apresentadas pelo jornal 'Sport', o Barça 'poupa' cerca de 160 milhões de euros, a nível desportivo, sem estes dois astros a equipa perde um volume considerável de golos e assistências. É que, juntos, na época passada Messi e Griezmann valeram 58 golos e 36 assistências.
Messi esteve 20 anos na equipa principal do Barça. O que conquistou é do conhecimento de todos. Bem como os golos que marcou. E só na temporada passada foram 38 golos (e 12 assistências) em 47 jogos no conjunto de todas as competições.
Quanto a Griezmann, a sua passagem pelo Barcelona acabou por ficar longe do sucesso que se esparava. Contratado por 120 milhões de de euros, as expectativas eram grandes em seu redor. Foram muitos os problemas por que passou, entre lesões e dificuldades em mostrar o que tinha mostrado em Madrid. Ainda assim, na temporada passada o francês marcou 20 golos e fez 14 assistências pelo Barça.
Quais são, agora, as opções?
A grande questão para esta temporada passa, então, por saber o que a equipa orientada por Ronald Koeman, que vai medir forças com o Benfica na Liga dos Campeões, vai conseguir fazer com um plantel mais limitado do que aqueles a que está habituado, mas ainda assim com jogadores de qualidade e com muitos jovens a despontar.
Na baliza, Marc-André ter Stegen continua a ter lugar garantido. E, no centro da defesa, o capitão Piqué, que até aceitou reduzir o seu salário, deverá ter a companhia do jovem Eric García, contratado a custo zero ao City. Na lateral esquerda segue Jordi Alba, enquanto no lado direito da defesa o lugar deverá ser discutido entre Sergiño Dest e Sergi Roberto.
O patrão do meio-campo continuará a ser Busquets e Pedri, uma das novas conqueuches do futebol espanhol, será também, certamente, titular indiscutível. E, depois, para esse setor, há ainda Philippe Coutinho, Frenkie de Jong ou o jovem Riqui Puig.
As grandes dúvidas residem, então, no ataque, agora sem Messi e Griezzman. Opções, ainda assim, não faltam. Memphis Depay tem correspondido, assumido-se como a estrela da companhia neste início de temporada. Outro reforço de créditos firmados contratado a custo zero, Sergio Agüero, ainda não teve oportundiade de jogar. O jovem Ansu Fati, que herdou o '10' de Messi, recupera de lesãoque agora herdou a camisa 10 deve jogar pela ponta direita. Depois, há o 'patinho feio' Braithwaite, que vai cumprindo, e o récem-contratado Luuk de Jong. E há ainda a incógnita Dembélé, tantas vezes ausente por lesão.
Os nomes são outros e a qualidade pode não ser a mesma, mas continua lá. Não é por não ter Messi ou Griezmann que o Barça deixa de ser uma equipa a ter em conta. Mas, claro, não será a mesma coisa...
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