A liderança do Barcelona já teve melhores dias e a pandemia de COVID-19 veio expor alguns dos problemas do clube. No final de março, os jogadores do Barcelona anunciaram um corte de 70 por cento nos salários, enquanto decorrer o isolamento obrigatório o que representou boas notícias para a administração 'culé, que poupa assim 43,75 milhões de euros por mês.
Mas, os problemas do Barcelona não são só financeiros. Ainda em fevereiro, a imprensa espanhola avançou que os catalães teriam contratado os serviços da empresa I3 Ventures, dedicada à criação de opinião nas redes sociais, para difamar antigos jogadores e treinadores nas redes sociais, bem como candidatos à presidência dos 'blaugrana' e, ao mesmo tempo, enaltecer o presidente do clube.
Agora, ficou a saber-se que tudo pode fazer parte de um plano do presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, para o futuro da liderança do clube.
Bartomeu atingiu o limite de mandatos e não pode recandidatar-se à presidência do emblema blaugrana, mas deveria passar o testemunho a Emili Rousaud, vice-presidente do clube, que deveria candidatar-se para dar continuidade ao trabalho de Bartomeu.
No entanto, o próprio Rousaud veio agora 'desmascarar' um suposto plano do atual presidente para afastar os elementos mais críticos da direção.
"Ligou-me, disse-me que queria uma remodelação no conselho diretivo e que tinha problemas com alguns membros, entre eles eu. Disse-me que houve informações tornadas públicas que chatearam os jogadores e que eu colocava em causa o trabalho da direção", revelou Rousand, ao 'Mundo Deportivo', referindo-se ao alegado esquema que envolvia a I3 Ventures.
"Não fiz nada para merecer ser tratado assim. Quero refletir e pedir calma. É lícito que Bartomeu queira gente de confiança ao seu lado, mas não é a forma correta de o fazer, assim, em pleno confinamento. Segundo os estatutos, pode afastar-me - e vai fazê-lo -, deixarei de ser vice-presidente, passarei a ser vogal, mas não pode expulsar-me, porque fui eleito", acrescentou ainda.
Rousand referiu ainda que não pretende demitir-se. "Não tenho uma decisão tomada, mas neste momento não estou disposto a demitir-me. Não me parece que este seja o momento para o fazer, em pleno confinamento, em plena Semana Santa, para mim não são maneiras de o fazer", concluiu o vice-presidente do Barcelona.
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