"Se nada de mal acontecer, (Ronald) Koeman será o treinador" do Barcelona, anunciou esta terça-feira à tarde o presidente do clube, Josep Maria Bartomeu, durante uma entrevista a BarçaTV. Segundo o presidente dos catalães, Koeman está o encarregado de levar "esta equipa e esses jogadores para a frente com um projeto diferente", disse Bartomeu.

Durante a entrevista, Bartomeu discutiu todas as questões atuais do time catalão, um dia depois de o Barça demitir o treinador Quique Setién.

O presidente Bartomeu justificou a escolha do ex-central do Barcelona: "Conhecemo-lo muito bem, pela forma como é e como pensa e como as suas equipas jogam, mas também pela sua experiência, por estar no Dream Team de Johan Cruyff, conhece o Barcelona e a maneira de entender o futebol".

Após a humilhante goleada de 8-2 nos quartos de final da Liga dos Campeões contra o Bayern de Munique, o Barcelona mergulhou numa crise profunda que já fez as primeiras vítimas: o técnico Quique Setién e o diretor desportivo Eric Abidal, abandonaram a equipa nesta mesma terça-feira.

"Temos falado muito nestes dias. Temos uma crise desportiva, não uma crise institucional ou do clube. Tivemos um resultado muito negativo na Champions League", reconheceu o dirigente, que anunciou uma remodelação do plantel.

"É necessária uma evolução, com jogadores que já cumpriram os seus ciclos e têm de sair e jogadores que vão chegar. O clube está numa boa situação institucional, social e económica mas numa crise desportiva", salientou.

Bartomeu, criticado pela forma como dirige o clube, falou sobre as eleições para a presidência do clube, marcadas para meados de março de 2021.

"Não queríamos renunciar [eleições antecipadas] neste momento porque em cinco semanas a Liga começa e o planeamento deve estar preparado. A situação da pandemia influencia e temos que fazer uma assembleia e fechar orçamentos. Sair agora seria uma irresponsabilidade. Realizá-las a partir de 15 de março irá permitir-nos fazer uma transição institucional suave", frisou.