A Liga Profissional de Futebol espanhola revelou esta terça-feira que o seu presidente, Javier Tebas, esteve reunido com o embaixador da Ucrânia para debater o caso de Roman Zozulya, jogador acusado de ter passado nazi pelos adeptos do Rayo Vallecano.

Em comunicado, a entidade informa que Javier Tebas e o embaixador ucraniano em Espanha, Anatoliy Scherba, concordaram que o governo espanhol deve apoiar o futebolista e que este tem o direito de trabalhar.

O recente empréstimo de Zozulya, que tem contrato com o Bétis até 2019, ao Rayo Vallecano foi anulado depois de os adeptos do clube madrileno terem protestado veementemente contra a contratação do futebolista.

Na quarta-feira, somente um dia depois de ser anunciada a sua cedência ao Rayo Vallecano, da segunda divisão espanhola, o internacional ucraniano, de 27 anos, decidiu voltar a Sevilha, após ter sido confrontado com manifestações de adeptos contra o seu suposto passado nazi.

"Vallekas não é um lugar para os nazis", lia-se numa faixa colocada ao longo do relvado de treino do Rayo Vallecano.

Zozulya reconheceu ter colaborado com o exército da Ucrânia com a intenção de defender o seu país, mas garante não ser apoiante nem estar ligado a qualquer movimento de apoio a um grupo paramilitar ou neonazi.

O futuro do futebolista ucraniano é incerto, uma vez que o seu empréstimo ao Rayo aconteceu antes do fecho de mercado de transferências, o que significa que não pode jogar pelo Bétis ou por qualquer outro clube europeu antes da abertura do mercado de verão.