José Mourinho aceitou uma pena de um ano de prisão (seis meses por cada delito), que não vai precisar cumprir, e uma multa de dois milhões de euros por fraude fiscal como parte de um acordo com a justiça espanhola. O português esteve esta terça-feira num tribunal de Madrid para formalizar o acordo com as autoridades fiscais e judiciais espanholas.

O técnico de 56 anos era acusado de fraude fiscal pelo fisco espanhol, por ocultar receitas de 3,3 milhões de euros em 2011 e 2012, relativas a direitos de imagem, quando era treinador do Real Madrid. Por ser um crime punível com pena inferior a dois anos de prisão, José Mourinho não terá de cumprir a pena na prisão.

O treinador português reconheceu os crimes cometidos, perante um juiz da 30.ª Sessão da Audiência Provincial de Madrid em junho de 2019, numa audiência que apenas poucos minutos, depois de os seus advogados terem alcançado um acordo com o Fisco Espanhol.

Ao todo, Mourinho vai pagar 2,2 milhões de euros ao fisco espanhol: os dois milhões de multa pelo delito de fraude fiscal por ter ocultado os 3,3 milhões de euros ao fisco espanhol, e ainda 182.500 euros. Mourinho devia ter pago 966.922,56 euros de impostos em 2011 e 1.015.879,83 euros em 2012, como parte dos rendimentos que recebeu pela exploração dos seus direitos de imagem.

A pena de prisão de 12 meses é substituído por uma multa de 24 meses, com uma quota diária de 250 euro, o que dá 182.500 euros a pagar pelo português. Além disso, o português fica obrigado a pagar a verba que tinha ocultado ao fisco espanhol.

Segundo o acordo, que tem ainda de ser ratificado por um juiz, José Mourinho já pagou em julho 462.000 euros, pelo que a verba em dívida é de 2,84 milhões.

José Mourinho é uma das várias figuras do futebol mundo a enfrentar problemas com as autoridades fiscais espanholas, que recentemente chegaram a acordo com o futebolista Cristiano Ronaldo para o pagamento de uma multa de 18,8 milhões de euros.

*Artigo corrigido e atualizado