O ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, Alfonso Dastis, admitiu hoje que existem “muitas atitudes preocupantes no futebol”, em referência ao caso do jogador ucraniano Roman Zozulya, acusado de ter passado nazi pelos adeptos do Rayo Vallecano.
“O Governo não abordou este assunto, mas a verdade é que é uma questão que, para um adepto de futebol, como eu, é preocupante. [...] Há muitas atitudes preocupantes no futebol”, disse Dastis, assinalando que o executivo espanhol “é integrador e não xenófobo”.
As declarações do ministro surgem um dia depois da reunião entre o presidente da Liga Profissional de Futebol, Javier Tebas, e o embaixador da Ucrânia em Espanha, Anatoliy Scherba, da qual resultou a conclusão de que o governo espanhol deve apoiar o futebolista e que este tem o direito de trabalhar.
O recente empréstimo de Zozulya, que tem contrato com o Bétis até 2019, ao Rayo Vallecano foi anulado depois de os adeptos do clube madrileno terem protestado veementemente contra a contratação do futebolista.
Na quarta-feira, somente um dia depois de ser anunciada a sua cedência ao Rayo Vallecano, da segunda divisão espanhola, o internacional ucraniano, de 27 anos, decidiu voltar a Sevilha, após ter sido confrontado com manifestações de adeptos contra o seu suposto passado nazi.
Zozulya reconheceu ter colaborado com o exército da Ucrânia com a intenção de defender o seu país, mas garante não ser apoiante nem estar ligado a qualquer movimento de apoio a um grupo paramilitar ou neonazi.
O futuro do futebolista ucraniano é incerto, uma vez que o seu empréstimo ao Rayo aconteceu antes do fecho de mercado de transferências, o que significa que não pode jogar pelo Bétis ou por qualquer outro clube europeu antes da abertura do mercado de verão.
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