O presidente da Liga Profissional de Futebol de Espanha, Javier Tebas, anunciou hoje que vai apresentar uma queixa-crime contra 17 adeptos do Rayo Vallecano que insultaram o jogador ucraniano Roman Zozulya, que acusaram de ter um passado nazi.

“Este assunto afeta a imagem da Liga espanhola e do país. Em breve vai ser apresentada uma queixa-crime contra 17 pessoas. São os autores materiais dos insultos e agora é preciso também conhecer os autores morais”, disse Tebas.

O presidente da Liga de clubes espanhola recusou aceitar que Zozulya possa ser alvo de um “julgamento popular”, manifestando-se “convencido que o jogador não segue a ideologia” que é acusado de seguir por parte dos adeptos da equipa madrilena.

Na terça-feira, Tebas reuniu-se com o embaixador da Ucrânia em Espanha, Anatoliy Scherba, da qual resultou a conclusão de que o governo espanhol deve apoiar o futebolista e que este tem o direito de poder exercer a sua atividade profissional.

O recente empréstimo de Zozulya, que tem contrato com o Bétis até 2019, ao Rayo Vallecano foi anulado depois de os adeptos do clube madrileno terem protestado veementemente contra a contratação do futebolista. (Conheça a história aqui)

Na quarta-feira, somente um dia depois de ser anunciada a sua cedência ao Rayo Vallecano, da segunda divisão espanhola, o internacional ucraniano, de 27 anos, decidiu voltar a Sevilha, após ter sido confrontado com manifestações de adeptos contra o seu suposto passado nazi.

Zozulya reconheceu ter colaborado com o exército da Ucrânia com a intenção de defender o seu país, mas garante não ser apoiante nem estar ligado a qualquer movimento de apoio a um grupo paramilitar ou neonazi.

O futuro do futebolista ucraniano é incerto, uma vez que o seu empréstimo ao Rayo aconteceu antes do fecho de mercado de transferências, o que significa que não pode jogar pelo Bétis ou por qualquer outro clube europeu antes da abertura do mercado de verão.