O Comité Disciplinar da Federação Espanhola de Futebol ordenou a interdição parcial ao estádio do Getafe na sequência de insultos racistas proferidos por adeptos da equipa durante a receção ao Sevilha, no passado fim-de-semana, na 30.ª jornada da liga espanhola.

Em causa estão insultos racistas dirigidos ao lateral esquerdo argentino Marcos Acuña, ex-Sporting, que foi chamado de 'macaco' durante a partida. Para além do jogador, também Quique Flores, ex-Benfica, foi visado ao ser chamado de 'cigano' no encontro em questão. que terminou com a derrota do Getafe por 1-0.

O jogo foi interrompido durante alguns minutos após à aplicação do protocolo antirracista, após os insultos recebidos por Acuña.

"Aos 68 minutos tive de interromper a partida porque houve insultos racistas ao camisa 19 da equipa visitante, com palavras como 'Acuña macaco' e 'Acuña vem do macaco'", escreveu o árbitro da partida, Javier Iglesias Villanueva, no relatório de jogo.

Após a partida, o treinador do Sevilha, Quique Sánchez Flores, também afirmou que foi alvo de insultos racistas.

Na sua conta oficial na rede social X, o Sevilha condenou "os insultos racistas e xenófobos sofridos" por Acuña e pelo staff técnico.

A interdição será aplicada nos próximos três jogos do atual 11.º classificado do campeonato espanhol, que também está condenado ao pagamento de uma multa de 27 mil euros. O emblema espanhol está ainda obrigado a exibir uma mensagem contra comportamentos racistas e xenófobos nos encontros abrangidos pelo castigo.