A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) condenou hoje a corrupção no desporto e manifestou disponibilidade para colaborar com a polícia, que hoje deteve vários jogadores e dirigentes por suspeita de manipulação de resultados.
Ana Muñoz, vice-presidente da RFEF, ofereceu “total colaboração à polícia nacional espanhola”, que durante a manhã deteve vários jogadores da primeira e segunda liga espanhola, suspeitos de terem criado uma organização para manipular os resultados de jogos e obter benefícios em apostas.
A vice-presidente do organismo que gere o futebol espanhol destacou o “trabalho magnífico” que a Unidade de Delinquência Especializada e Violenta “está a desenvolver em áreas como a corrupção no desporto e o branqueamento de capitais”.
O presidente da Liga espanhola, Javier Tebas, lembrou que a investigação policial hoje iniciada resulta de uma queixa do organismo que lidera e que é responsável pelas competições profissionais de futebol em Espanha.
“Trabalhamos nisto há muito tempo, há mais de um ano”, disse Tebas, invocando o sigilo da investigação para não adiantar mais pormenores.
Um dos detidos, o ex-jogador do Real Madrid Raúl Bravo, seria o cabecilha desta organização criminosa, tendo ainda sido detidos Borja Fernández, do Valladolid, Ínigo López, jogador do Deportivo, Samuel Saiz, jogador do Getafe, por empréstimo do Leeds, e Carlos Aranda, ex-jogador de várias equipas da primeira divisão.
Também foram detidos pela polícia Agustín Lasaosa, presidente do Huesca, clube que nos anos 90 foi liderado por Tebas, e no qual alinha o defesa português Luisinho, e Juan Carlos Galindo Lanuza, chefe dos serviços médicos do mesmo clube.
A polícia espanhola começou esta operação desde as primeiras horas da manhã, a partir de uma denúncia que, segundo a EFE, foi apresentada em maio de 2018, sobre a manipulação de resultados num jogo, no final da última temporada desportiva.
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