Martin Braithwaite concedeu uma extensa entrevista ao site oficial do Barcelona na qual falou dos seus primeiros dias no clube e lembrou as dificuldades que teve de superar na infância a nível físico antes de conseguir singrar no futebol.

"Estive dois anos numa cadeira de rodas por causa de uma doença na anca. Tinha de descansar, não podia forçar as pernas. Para uma criança que jogava e adorava futebol, como eu, foi extremamente complicado", afirmou, referindo-se ao problema de saúde que teve de ultrapassar entre cinco e os sete anos de idade.

"Era muito novo e não percebia por que razão tinha de estar numa cadeira-de-rodas. Precisava que tomassem conta de mim como um bebé e não podia fazer as coisas que os outros miúdos da minha idade faziam. Tudo o que queria era, simplesmente, jogar futebol", acrescentou.

A verdade é que esse período foi ultrapassado e o jogador vive agora um autêntico sonho, depois da sua primeira semana no Barça. "Ver-me ao espelho com o emblema do Barcelona ao peito foi incrível. Todos me receberam bem e isso ajudou a tranquilizar-me", conta o avançado dinamarquês de 28 anos, contratado 'fora de horas' pela turma catalã ao Leganés.

Braithwaite falou ainda dos seus dois grandes ídolos no futebol, Ronaldo Nazário e Lionel Messi. Sobre o brasileiro, revelou: "Estudei o seu jogo e as suas movimentações. Tudo o que ele fazia em campo era verdadeiramente incrível. Era um futebolista extraordinário." Sobre o argentino, agora seu colega de equipa, disse: "Se o futebol fosse uma religião, Messi seria um Deus. Ele controla os jogos como quer. É extraordinário".

O dinamarquês poderá mesmo jogar ao lado do astro argentino no 'Clássico' de domingo com o Real Madrid, e está ansioso por viver por dentro as emoções desse grande jogo. "Vai ser uma experiência magnífica. É o jogo mais imporante, aquele que ninguém quer perder. Vai ser intenso e vou certamente aprender muito a jogar um jogo como este", terminou.