Josep Maria Bartomeu, ex-presidente do Barcelona, terá sido detido no âmbito da operação 'BarçaGate' que levou a polícia catalã a realizar buscas ao escritório do clube esta manhã.
A detenção do ex-presidente dos catalães é adiantada pela rádio espanhola 'Cadena SER' que, a confirmar-se, se junta às detenções de Oscar Grau, CEO do clube e Román Gómez Puntí, responsável dos serviços jurídicos do clube, detidos durante as buscas que já foram concluídas.
Em causa esta a investigação relacionada com o caso 'BarçaGate', denunciado em fevereiro de 2020. O 'BarçaGate' consistia numa alegada utilização de uma empresa para influenciar negativamente o prestígio nas redes sociais de jogadores, ex-jogadores e outras áreas do clube, sem o conhecimento do conselho diretivo. Entre os jogadores atingidos estariam Piquè e Messi, assim como as suas famílias.
As empresas I3 Ventures SL, NSG Social Science Ventures SL, Tantra Soft SA, Digital Side SA, Big Data Solutions SA e Futuric SA terão sido contratadas para levar a cabo este plano da antiga direção blaugrana, liderada por Josep Maria Bartomeu.
Bartomeu sempre negou ter contratado empresas para desprestigiar os jogadores e antigos dirigentes nas redes sociais. No ano passado, uma autoria externa tinha concluído que a direção não estava ligado à 'BarçaGate'.
Barcelona emite comunicado
"No que toca ao à entrada e buscas por parte da polícia da Catalunha esta manhã nos escritórios em Camp Nou, por ordem do Tribunal de Instrução nº 13 de Barcelona, que está encarregue do caso da monitorização das redes sociais, o Barcelona ofereceu toda a colaboração às autoridades legais e policiais, no sentido de ajudar a clarificar os factos que estão a ser alvo de investigação.
A informação e documentação requeridas pelas autoridades dizem apenas respeito a este caso.
O Barcelona expressa o seu respeito pelo processo judicial em curso e pelo princípio da presunção de inocência de todos os que foram afetados nesta investigação."
Bartomeu no centro do 'furacão'
A presidência de Bartomeu, de 57 anos, à frente do FC Barcelona ficou marcada por alguns momentos menos bons. Além do caso 'Barçagate', na época 2019-2020, o clube não conquistou nenhum título. No verãoo chegou a polémica em torno da saída de Messi, que manifestou a intenção de abandonar o 'barça', mas acabou por ficar na Catalunha.
A direção presidida por Bartomeu, que assumiu a presidência do clube catalão em janeiro de 2014, sucedendo a Sandro Rossel, foi substituída por uma comissão de gestão, a cargo de Carles Tusquets, presidente da comissão estatutária económica, que já convocou eleições.
Josep Maria Bartomeu demitiu-se do cargo de presidente do Barcelona a 27 de outubro de 2020, uma decisão "considerada por todos”, após conhecida a resposta do Governo da Catalunha sobre o voto de censura.
Numa declaração que não teve direito a perguntas por parte da comunicação social, Bartomeu garantiu que a direção não deixou o clube em agosto de 2020, depois da pesada derrota (8-2), em Lisboa, frente ao Bayern de Munique, nos quartos de final da Liga dos Campeões, por considerar que não seria um ato responsável.
Bartomeu sublinhou ainda que “foi uma honra servir o clube, como dirigente e presidente”, vincando que “tentou assumir o cargo com responsabilidade e honestidade”.
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