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A 14 de agosto de 2002, o treinador húngaro Laszlo Boloni chamava um jovem de 17 anos, Cristiano Ronaldo, para render Tonito no jogo da primeira “mão” da pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
A estreia absoluta de Cristiano Ronaldo com a camisola do Sporting ficava marcada por 32 minutos em campo e um empate sem golos com os italianos, que viriam a afastar os “leões” da fase de grupos da “Champions” com a vitória por 2-0 em Milão.
Nesse jogo, Ronaldo partilhava o banco de suplentes do campeão de 2001/2002 com... Paulo Bento, o atual selecionador de Portugal. No “onze” estavam Rui Jorge, selecionador de sub-21, Ricardo Quaresma, que esteve com Ronaldo no Euro2012, ou Beto, que integra atualmente a estrutura diretiva dos “leões”.
Dez anos depois da estreia, o número 7 do Real Madrid é apontado como um dos melhores jogadores de sempre, numa fase da carreira em que concorre anualmente com o argentino Lionel Messi, do “rival” FC Barcelona, pelo estatuto de melhor do Mundo.
Formado nas escolas do Sporting, o madeirense, “resgatado” ao Nacional, acabou por ter uma passagem fugaz pela equipa principal dos “verde e brancos”, muito por culpa de Alex Ferguson, fascinado com a exibição de Ronaldo num particular que serviu para inaugurar o novo estádio de Alvalade, a 06 de agosto de 2003.
Ronaldo não marcou no triunfo do Sporting por 3-1, mas, pouco depois, assinava pelo clube inglês. Em seis anos no clube de Old Trafford, o avançado colecionou títulos e prestígio, embora na primeira metade desse período tenha “colidido” com a hegemonia do Chelsea de José Mourinho.
Em 2009, sagrou-se tricampeão pelo Manchester United, juntando ao currículo nessa caminhada um título mundial e europeu (ambos em 2008), duas taças da liga inglesa (2006 e 2009), duas supertaças (2007 e 2009).
O primeiro título surgiu em 2004, quando o Manchester United ergueu a Taça de Inglaterra, com uma vitória por 3-0 sobre o Millwall. Foi de Cristiano Ronaldo o golo inaugural, a finalizar o primeiro tempo.
Apesar de ter ganho apenas este troféu em 2004, Cristiano Ronaldo começou logo nesse ano a conquistar o reconhecimento internacional, sendo eleito pela UEFA para a equipa do ano.
Foi também na mesma altura que a FIFPro o elegeu o melhor jogador jovem de 2004, prémio que voltaria a entregar a Ronaldo no ano seguinte.
Mas seria 2008, quando se sagrou campeão inglês, europeu e mundial, o ano de maior glória individual, até ao momento, de Ronaldo, coroado com a eleição de melhor jogador do Mundo para a FIFA, um título que nos últimos três anos foi entregue ao “rival” Messi, e com a Bola de Ouro.
Em 2009, e quase 300 jogos (e 118 golos) pelo Manchester United, Cristiano Ronaldo protagoniza a transferência mais cara de sempre, ao rumar ao Real Madrid, a troco de 94 milhões de euros.
Só uma época depois, e numa altura em que o FC Barcelona monopolizava os títulos nacionais e internacionais, Ronaldo conquistou o primeiro troféu pelos “merengues”, a Taça do Rei, já com Mourinho, numa final com o “Barça” e com um golo do português (1-0), já no prolongamento.
Na época que terminou, Ronaldo “amortizou” grande parte do valor investido pelos madrilenos, ao ser um dos maiores responsáveis pela conquista do título espanhol, troféu que teve o contributo de 46 golos (segundo melhor marcador, atrás... de Messi, com meia centena).
Pela seleção, começou a juntar críticas pelo fraco arranque no Euro2012, mas acabou com elogios por ser um dos principais obreiros da caminhada até às meias-finais, a meta “imposta” pela Espanha, que passou nas grandes penalidades, num sorteio em que Ronaldo nem sequer teve tempo de entrar (era o último a marcar).
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