Vicente Del Bosque no seu livro "Ganhar e perder" abordou a saída de Casillas do Real Madrid, considerando que foi cruel a forma como o guardião deixou o clube "merengue".
"Foi um caso de maldição. Ele é um atleta que ganhou tudo, desde o troféu mais humilde, como criança, a uma Taça do Mundo, um Europeu, uma Liga, uma Champions. (…) Iker teve de sofrer uma atitude incompreensível dos seus próprios fãs e acabou fora da equipa de toda uma vida", pode ler-se.
"Chegou a ser assobiado no Bernabéu, algo impossível de acontecer uns anos atrás. Digo isto sem nenhuma intenção de interferir no clube, para que ninguém se sinta magoado ou chateado. É uma simples narração dos factos. (…) Às vezes, pensava, quando este menino estava no seu carro todos os dias em Valdebebas, o que ele pensa? Tinha de estar absolutamente ferido. Eu não digo que esta situação tenha sido fabricada e que talvez ele mesmo tenha feito algo errado, mas acho que às crianças - e ele é um filho do Real Madrid -, deve-se perdoar qualquer coisa", acrescentou Del Bosque. O técnico considera que ter afastado Casillas é "tão ofensivo como se fosse Di Stefano, Gento, Amancio, Santillana, Pirri, Juanito, Butragueño e Raul juntos".
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