O FC Barcelona vai vender os direitos de ‘naming’ do estádio, o mítico Camp Nou, durante um ano, e o dinheiro arrecadado será doado à luta contra a pandemia da COVID-19, anunciou hoje o bicampeão espanhol de futebol.
“Queremos enviar uma mensagem universal. Pela primeira vez, alguém terá a oportunidade de colocar o seu nome no Camp Nou e as receitas serão para toda a humanidade. Estamos numa situação de emergência. Precisamos de ter uma resposta muito rápida e vamos colocar a nossa ‘joia da coroa’ ao serviço”, disse o vice-presidente Jordi Cardoner, após uma reunião da direção do clube.
Inaugurado em 1957 e atualmente com capacidade para 99 mil espetadores, o Camp Nou nunca teve qualquer patrocinador, embora o clube já tenha planeado vender os direitos do estádio a partir da época 2023/24, esperando arrecadar 300 milhões de euros por um contrato de 25 anos.
“Esta venda será por apenas um ano e independente do contrato a longo prazo, de 25 anos. Mas se aparecer um patrocinador que queira incluí-lo no contrato a longo prazo, o clube irá avaliar essa proposta”, explicou Cardoner, de 57 anos, que foi infetado pelo novo coronavírus no início de abril e já está curado.
O dirigente catalão acrescentou que a distribuição do dinheiro do ‘naming’ de Camp Nou será decidido pela fundação do clube e pelo próprio patrocinador, com ambos a ficarem responsáveis por metade do valor alcançado.
De acordo com os últimos dados, o país já registou 204.178 casos de pessoas infetadas e 21.282 vítimas mortais, o que faz da Espanha o segundo país em todo o mundo mais atingido pela pandemia, depois dos Estados Unidos e da Itália.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 170 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 558 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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