Aos 37 anos e a realizar a quinta temporada consecutiva pelos gregos do PAOK, Vieirinha concedeu uma entrevista ao jornal grego Gazzetta na qual admitiu que não esqueceu a fase difícil que passou ao serviço do FC Porto nem o papel de Fernando Santos.
"Foi a pessoa que me fez amar o futebol novamente. Eu tinha perdido a paixão. Nos treinos pelo FC Porto tornei-me no miúdo para todas as posições. Nunca fui médio-direito, nunca fui defesa-esquerdo. Onde houvesse uma lacuna os treinadores chamavam-me para preenchê-la. Foi um dos piores momentos que vivi. Não era isso que queria para a minha carreira. Precisava de jogar, mas o FC Porto não me deixou sair", lembrou.
A primeira passagem de Vieirinha pelo emblema grego começou na segunda metade da época 2008/2009, depois de um empréstimo ao Leixões na primeira metade. No entanto, o internacional português esteve perto da liga inglesa.
"Um ano antes de vir para o PAOK, recebi uma proposta de uma equipa da Premier League para ser emprestado por seis meses com opção de compra no verão. Discuti a situação com Jesualdo Ferreira, o treinador na época, e embora soubesse que não iria jogar ele disse-me que eu era o futuro do FC Porto e que tinha de ficar. Felizmente, apareceu o PAOK", recordou.
"Fernando Santos confiou em mim, mesmo quando gritava comigo nos treinos. Ainda bem que os gregos não entendem português, nem iriam acreditar no que ele me dizia, Em casa, cheguei a bater nas paredes. Mas o Fernando Santos fez questão de conversar comigo e de me explicar que estava a agir assim porque acreditava nas minhas capacidades, que podia fazer melhor. Levou-me aos meus limites, mas no final percebi que ele sabia bem o que me estava a fazer. Os ensinamentos dele acabaram por ser fundamentais na minha carreira", rematou Vieirinha.
Recorde-se que Fernando Santos e Vieirinha trabalharam juntos no PAOK entre 2008/2009 e 2009/2010, antes do atual selecionador nacional deixar o clube para assumir a seleção da Grécia.
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