O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) reduziu hoje de cinco para dois anos a suspensão pronunciada em novembro pela FIFA contra o presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), Ahmad Ahmad, a dias da eleição do seu sucessor.
O TAS considerou o malgaxe Ahmad Ahmad, à frente do futebol africano desde 2017, culpado de uma série de ilícitos éticos e financeiros, incluindo a "distribuição de presentes" e "desfalque", e confirmou a sua inelegibilidade a um segundo mandato na CAF.
Um dos ilícitos de Ahmad Ahmad foi ter usado o dinheiro da Confederação Africana de Futebol (CAF) para convidar alguns presidentes de federações nacionais para uma peregrinação a Meca, “sem ligação direta com o futebol”, explica o TAS.
Ahmad Ahmad, de 61 anos, ex-treinador de futebol e político, que foi secretário de Estado do Desporto e ministro das Pescas de Madagáscar, anunciou no final de outubro que seria candidato, em 2021, a um segundo mandato à frente da CAF.
O dirigente africano foi ainda exonerado de um processo em separado, que lhe tinha valido ser colocado sob custódia policial por suspeita de corrupção em junho de 2019, em Paris, relacionado com a quebra de um contrato de equipamentos.
O TAS considerou impossível “concluir que o Ahmad tirou qualquer vantagem pessoal” deste episódio, que envolveu a quebra de um contrato de equipamentos com a Puma em benefício da francesa SME Tactical Steel, por um valor superior.
Além de reduzir o período de suspensão de cinco para dois anos, o Tribunal Arbitral do Desporto dividiu por quatro a multa aplicada pela FIFA a Ahmad Ahmad e baixou-a de 200.000 (185.000 euros) para 50.000 francos suíços (45.000 euros).
O magnata sul-africano da mineração, Patrice Motsepe, de 59 anos, deve vencer sem oposição as eleições de sexta-feira, após a desistência dos restantes três candidatos, e suceder a Ahmad, eleito presidente da CAF há quatro anos com o apoio da FIFA.
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