O FC Rostov perdeu hoje 10-1 em casa do Sochi, num jogo da Liga russa de futebol em que atuou com jogadores da formação, porque toda a equipa profissional está de quarentena devido à pandemia covid-19.
A equipa de Rostov até se adiantou no marcador, logo no primeiro minuto, através de Roman Romanov, mas a formação anfitriã não deu hipóteses e, ao intervalo, já vencia por 4-1, com golos de Abramov (na própria baliza), aos sete minutos, Kokorin (15 e 44) e Anton Zabolotnyi.
Na segunda metade da partida, o domínio do Sochi acentuou-se com o 'bis' da Anton Zabolotnyi (48), com Kokorin a fazer o 'hat trick', aos 51, e com Ivan Novoseltsev (53), Dmitri Poloz, aos 74 e 86, e Nikita Koldunov, aos87, a anotarem os restantes golos.
O FC Rostov, atual quarto classificado do campeonato, tinha revelado hoje que um grupo de jogadores da equipa dos juniores já estava em viagem para Sochi para defrontar o então 12.º classificado da prova (com a vitória ascendeu provisoriamente ao nono lugar), como estava calendarizado.
Os responsáveis do Rostov, que está na luta pelo acesso à Liga dos Campeões, acrescentaram que nenhum dos jogadores tem experiência de futebol sénior e que o mais velho dos participantes tem 19 anos.
Antes, a federação russa propôs adiar a partida para 19 de julho, mas exigiu um acordo entre os dois clubes, algo que não veio a acontecer por recusa do Sochi.
Na quarta-feira, o Rostov especificou em comunicado que, em resultado dos testes realizados à covid-19, todos os elementos do plantel, e mais 42 funcionários do clube, estão em alerta, por terem estado em contacto direto com seis futebolistas que deram positivo ao teste.
A liga russa, que foi suspensa em março devido ao novo coronavírus, regressou oficialmente com o encontro Grozny-Krylia Sovetov.
A Rússia, que contabiliza 7.831 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos Estados Unidos (EUA) e do Brasil, com mais de 568 mil.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infetou mais de 8,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.527 pessoas das 38.464 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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