A FIFA manteve em Montevideu uma reunião de trabalho com as associações de empresários de futebol, num encontro com várias propostas de regulamentação do setor, a serem aprovadas ainda este ano.
Ao longo de dois dias, as diferentes associações de empresários das várias confederações colocaram em cima da mesa propostas, à espera de um quadro legal, e que pretendem, entre outras coisas, “a limitação das licenças exclusivamente a pessoas físicas”.
As propostas incluem ainda a criação de uma ‘Câmara de empresários’ para “lidar com litígios”, “o pagamento de honorários através da Câmara de compensação da FIFA, e "sanções quando se trabalhe com empresários sem licença”.
Ainda segundo a FIFA, foi também apresentada a proposta de criação do grupo de trabalho de empresários de futebol, a ser constituído por representantes das sociedades [clubes] e organizações de agentes reconhecidas pelo organismo.
Os empresários reconhecem ser necessário elevar a qualidade ética e profissional da atividade e, segundo Luís Villas-Boas Pires, responsável do departamento de empresários, esse é um “denominador comum”.
“É um objetivo partilhado, o de elevar a qualidade ética e profissional deste setor, proteger os jogadores e fomentar a estabilidade e solidariedades dos contratos. Em última instância, trata-se de proteger a integridade do desporto e zelar pelo bom funcionamento no sistema de transferências”, disse Luís Villas-Boas Pires.
A norma para regular a atividade dos agentes faz parte das reformas propostas pela FIFA desde 2017 e pretende estabelecer um sistema de transferências mais justo e transparente, dentro do plano de ação do presidente Gianni Infantino.
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