Yves Jean-Bart, o presidente suspenso da federação haitiana de futebol, disse hoje estar de acordo com a medida imposta pela FIFA, que o suspendeu provisoriamente por um período de 90 dias.
Em comunicado, o dirigente afirma que a suspensão é "um procedimento normal" da câmara de investigação da comissão de ética independente da FIFA, a organização mundial do futebol.
Por outro lado, espera ser ilibado de todas as acusações e "completamente reincorporado assim que as investigações estejam terminadas".
Bart está a ser investigado pela brigada de proteção de menores da polícia judiciária haitiana. Segundo um artigo publicado em abril pelo jornal The Guardian, há testemunhos de que Bart terá violado sistematicamente jovens jogadoras, ao longo de cinco anos.
Apesar das pressões sofridas para guardarem silêncio, alegadas vítimas disseram ao jornal inglês, de forma anónima, que pelo menos duas raparigas acabaram por abortar, na sequência de violações cometidas no centro nacional técnico de Croix-des-Bouquets, arredores de Port-au-Prince.
Agora, Bart nega essas acusações de "forma categórica", considerando-as "infundadas", e sustenta que são "desprezíveis e politicamente motivadas". Ao mesmo tempo, garante avançar com um processo por difamação no tribunal de Paris contra Romain Molina, o autor da investigação publicada pelo The Guardian.
Yves Jean-Bart, de 73 anos, dirige a FHF há duas décadas. Sem candidatos de oposição, a sua reeleição em fevereiro para um sexto mandato foi uma simples formalidade.
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