O presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB), Reinhard Grindel, lamentou esta quinta-feira não ter defendido o jogador de origem turca Mesut Özil, que deixou a Seleção devido às críticas por ter tirado uma foto com o presidente turco.
No domingo, o atleta criticou diretamente Grindel quando anunciou a sua decisão, denunciando o racismo por parte da sua federação após o encontro com Recep Tayyip Erdogan.
Em comunicado, o presidente da DFB lamentou que a 'chamada de atenção' feita a Özil no "caso Erdogan" tenha sido "orientada para os discursos racistas".
"Como presidente, olhando em perspectiva, eu deveria ter dito, sem nenhuma ambiguidade, o que é uma evidência para mim e para toda a federação: qualquer forma de assédio racista é insuportável, inaceitável e intolerável", escreveu.
Mas Grindel, como a DFB já disse esta semana, rejeitou firmemente as acusações de racismo feitas pelo atleta no seu longo comunicado de domingo.
Campeão do mundo com a 'Mannschaft' em 2014 e peça-chave para o técnico Joachim Low, Özil marcou 23 golos em 92 jogos pela seleção.
O médio rompeu seu silêncio depois de ter estado no centro da polémica durante o Mundial pela foto junto ao chefe de Estado turco, em plena campanha eleitoral. Outro jogador alemão de origem turca, Ilkay Gundogan, também posou com Erdogan.
O jogador acusou em particular Grindel, ex-deputado conservador que sempre criticou o multiculturalismo durante sua carreira política.
"Para Grindel e os que o apoiam, sou alemão quando vencemos e imigrante quando perdemos", alfinetou o jogador.
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