A Sky Sports entrevistou o treinador Pedro Martins, que atualmente dirige o Al-Gharafa do Qatar.
O técnico português falou de vários temas, como o projeto do Al Gharafa, o percurso ao mais alto nível no Olympiacos, onde acabou por se sagrar três vezes campeão grego e ainda sobre as suas ambições profissionais. "Nunca deixo o futebol, nem mesmo nas férias. Sempre quis ser jogador de futebol, depois quando deixei de jogar quis ser treinador, num pensei em ser diretor. A bola sempre foi o meu 'brinquedo' favorito", atirou em declarações à Sky Sports.
O técnico é alvo de elogios por parte da publicação britânica, que sublinha que a ideia de jogo de Pedro Martins "tem evoluído ao longo dos anos". Sobre as influências não tem dúvidas em apontar a grande referência. " Carlos Queiroz mudou o futebol português, era diferente, tornou-o profissional", atirou.
O treinador de 54 anos aborda a profissão, que no seu entender precisa de devoção total: "Temos que estar alerta. Não podemos dormir. O futebol está-se sempre a renovar, com os novos treinadores. Os jogadores estão mais rápidos. Tento atualizar-me, mas desenvolvi-me como treinador através da experiência."
Experiência essa que acumulou no Olympiacos, um clube habituado a ganhar, mas em que acabou por saber lidar com a pressão: "Foram quatro anos muitos bons. Lidei bem com a pressão, lá só se pensa em ganhar. Não ganhámos nada da primeira época, mas criámos uma grande equipa, com jogadores jovens que conseguiram entender a filosofia. Tivemos que mudar tudo e começar de novo", recorda.
Há três anos no Al-Gharafa, Pedro Martins que no ano passado foi distinguido com o prémio de melhor treinador do Qatar, pensa agora em outros voos no clube, onde ainda não somou troféus. "Mudámos vários departamentos, estamos agora mais profissionais. Mudámos a mentalidade no balneário. Agora todos ficam tristes se perdermos, mas quando chegámos não era assim", disse.
Apesar de sentir confortável no clube, O técnico não escondeu o desejo de voltar ao 'velho continente'. "Quando saí do Olympiacos tive algumas propostas do Championship mas não acreditei nesses projetos. Mas um dia gostava de lá trabalhar porque adoro o futebol inglês", finalizou.
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