O português Pedro Martins disse hoje que o “projeto aliciante” do Al Gharafa o levou a aceitar o cargo de treinador no Qatar, onde decorre o Mundial2022 de futebol, que poderá “dar um impulso muito grande” ao país.
Depois de ter saído dos gregos do Olympiacos no início da época, o técnico luso, de 52 anos, mudou-se para Doha no final de outubro, a poucas semanas de se iniciar o Campeonato do Mundo.
“Recebi o convite do presidente do Al Gharafa e falaram-me do que era o projeto do clube e do futebol do Qatar, do que querem implementar no futuro. A margem de crescimento e também do projeto do Qatar é enorme. Há muita coisa a desbravar, é um projeto aliciante. Profissionalmente e pessoalmente vai ser experiência muito útil e positiva”, começou por dizer Pedro Martins, a jornalistas portugueses presentes em Doha.
A segunda aventura no estrangeiro, após quatro épocas no Olympiacos, pelo qual conquistou três títulos de campeão, não estava prevista para o Médio Oriente, pelo menos para já, segundo o treinador português, que não perde de vista “outros campeonatos”.
“No meu horizonte também passava por vir para uma equipa do extremo oriente, mas não no futuro próximo, muito sinceramente. Quero ter sucesso aqui, mas claro que o meu foco continua ser outros campeonatos. Não escondo isso”, admitiu.
Organizar o Mundial no Qatar poderá “dar um impulso muito grande” aos habitantes do país, de forma a estabelecerem uma ligação forte com os clubes e a poderem encher os estádios.
“O Mundial vai dar um impulso muito grande, penso eu. Toda a gente espera que as pessoas vão com maior frequência ao futebol, porque aqui não há uma identidade forte com os clubes. É isso que se vai tentar criar. Espera-se que depois apareçam em grande número e que tornem os jogos com mais publico”, manifestou.
Sobre as condições de que dispõe o Al Gharafa, Pedro Martins compara-as “ao nível das melhores equipas”, embora reconheça que “há necessidade de implementar algo com maior rigor e profissionalismo”.
Ao longo da carreira, o técnico treinou clubes como o Vitória de Guimarães, Rio Ave ou Marítimo, e no clube do Qatar sucedeu ao italiano Andrea Stramaccioni, encontrando no plantel o avançado argelino Yacine Brahimi, que jogou no FC Porto.
Após sete jornadas, o Al Gharafa, sete vezes campeão nacional, a última das quais em 2009/10, ocupa o quarto lugar do campeonato, com 12 pontos, menos quatro do que o Al-Arabi.
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