Javier Pastore foi uma das grandes promessas do futebol mundial na última década, mas nunca vingou como esperado. Ainda assim, conseguiu ser internacional pela Argentina em 29 ocasiões e partilhou balneário Lionel Messi e Angel Di María, mostrando-se muito feliz pelo sucesso do jogador do Benfica, que carregava o peso do sucesso argentino nas costas.
"Com o Angelito vivemos tantas coisas. Nós praticamente almoçámos ou jantámos todos os dias todos juntos, como uma família. Ele teve um momento muito mau. Com todos aqueles anos de seleção, mas acho que o Ángel também levou tudo muito para o lado pessoal. Para ele, todas as derrotas eram culpa dele. Falei muito sobre isso com ele, disse-lhe não deveria ser tão crítico consigo mesmo, porque éramos 23 ou 25 e todos perdemos, não só o Messi e ele, porque eram os melhores", revelou em entrevista ao 'La Nación'.
Embora a Argentina tenha sido campeão do Mundo, em 2022, as duas estrelas maiores da albiceleste foram muitas vezes criticadas pelo insucesso, algo que magoava Pastore. "Ángel sempre viveu assim, mesmo em Paris ele sentia-se responsável pelas derrotas. Na Argentina, coisas horríveis, cruéis foram ditas. Eu já estava de fora, porque desde 2017 não ia à seleção, lia coisas muito duras contra ele, contra o Leo e a minha alma doía. É por isso que a alegria que senti no Catar foi por eles. Se eu tivesse vencido o Mundial, acho que não teria sentido tanta felicidade quanto senti pela consagração deles", contou.
Javier Pastore, de 34 anos, despontou no Huracán (Argentina), antes de duas épocas de grande nível no Palermo que o lançaram na ribalta do futebol. Seguiram-se sete anos em alto nível no PSG, mas a partir daí nunca mais conseguiu mostrar toda a sua qualidade e teve passagens com poucos jogos por Roma, Elche e Qatar SC, sem grande sucesso. Hoje em dia, está sem clube.
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