As obras para a construção de estádios e infraestruturas não param no Qatar, enquanto o país prepara o Mundial de 2022. As autoridades afirmam estar a respeitar as regras de distanciamento social para limitar os riscos de propagação do coronavírus entre os operários, na maior parte estrangeiros, como constataram nesta quinta-feira (23) jornalistas da AFP.
Dezenas de operários vestidos de azul e com os rostos cobertos com um tecido improvisado trabalham no 'esqueleto' do estádio de Lusail, que vai receber a final do próximo Mundial.
Todos mantêm uma certa distância uns dos outros nas obras da construção do recinto, que será o maior estádio do país, com capacidade para 80.000 pessoas.
O comité encarregado da organização do Mundial afirmou em comunicado que "analisa a situação da maneira contínua e que está disposto a tomar as medidas necessárias para proteger a saúde e a segurança de todos os operários e funcionários".
"Estas medidas podem incluir a suspensão temporal do trabalho (das obras) caso necessário", completou.
Até agora, os organizadores da prova afirmam ter registado oito casos de infeção por COVID-19 nas obras de três estádios. Há seis dias que nenhum outro balanço foi publicado a respeito.
As autoridades do Qatar declararam oficialmente 7.764 casos no país, com dez mortes.
A partir de domingo (26), o uso de máscara de proteção será obrigatório para todas as pessoas que trabalhe no setor de construção, anunciaram as autoridades do país.
Os autocarros que levam os operários de suas casas até os locais de trabalho deverão também garantir que os passageiros se sentam com distanciamento dentro dos veículos, outra medida para limitar uma eventual propagação do coronavírus.
De acordo com organizações não governamentais (ONG), as condições de vida e de trabalho dos operários imigrantes no Golfo são precárias o que os deixa especialmente expostos aos riscos de infeção.
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