Cristiana Brittes, a mulher de Edison Brittes, o autor confesso da morte de Daniel Correa Freitas, vai ser acusada de homicídio, segundo confirmou João Milton Salles, promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná, ao portal brasileiro 'UOL'.
O promotor do Ministério Público afirmou que "todo este crime de homicídio jamais teria acontecido da forma como aconteceu sem a atuação determinante da Cristiana. Porque a sua conduta anterior levou o Daniel a acreditar que poderia fazer aquelas brincadeiras, quando se iniciaram os atos de homicídio. E ao invés de tentar evitar aquela conduta, deteminou que o Daniel fosse retirado da casa e que terminassem a execução lá fora".
Já a defesa de Cristiana Brittes considerou "estarrecedor" a acusação de que a mulher de Edison "seria a causadora dos crimes de importunação sexual e tentativa de violação das quais foi vítima".
Até aqui, Cristiana Brittes estava apenas acusada de fraude processual e coação de testemunha no seguimento do assassinato de Daniel Côrrea Freitas, jogador do São Paulo.
O que se sabe da morte de Daniel
A polícia brasileira está a investigar a morte do futebolista do São Paulo Daniel Correa Freitas, que faleceu no passado sábado na sequência de ferimentos causados por uma arma branca, anunciaram fontes oficiais.
O jogador brasileiro, de 24 anos e que estava emprestado ao São Bento, foi encontrado morto no sábado numa zona rural da cidade de São José dos Pinhais, em Curitiba, capital do estado do Paraná, degolado e sem os órgãos genitais.
A imprensa brasileira divulgou mensagens da aplicação WhatsApp enviadas por Daniel Correa, onde se podiam ver fotografias do jogador deitado com Cristina Brittes enquanto esta dormia.
Um amigo do médio, de 24 anos, já tinha informado que o jogador tinha por hábito partilhar num grupo daquela rede social fotos de mulheres com quem tinha relações sexuais. E foram agora divulgadas as fotos das mensagens.
No referido grupo, o jogador, que tinha marcado presença na festa de aniversário de Allana, de 18 anos, publicou uma mensagem onde disse que ia "comer a mãe da aniversariante com o pai também em casa", ao que o amigo respondeu que o jogador poderia acabar por ser "expulso da casa".
O empresário Edson Brittes Jr foi detido pelas autoridades, assim como a sua filha de 18 anos, e em declarações à TV Bandeirantes explicou os motivos que o levaram a cometer o crime.
"Quando abri a porta, ele estava em cima da minha mulher que pedia ajuda", começou por explicar o principal suspeito da autoria do homicídio para depois acrescentar: "Aquilo que eu fiz, qualquer homem faria. A mulher ali não era apenas a minha esposa, eram todas as mulheres do Brasil. Podia ser a sua irmã, mãe ou mulher".
As autoridades responsáveis pelo caso também revelaram em conferência de imprensa que Daniel Corrêa não reagiu às agressões por estar "bastante embriagado". "Recebemos apenas um relatório até agora, que é o da dosagem alcoólica no corpo da vítima. Percebe-se que o Daniel estava bastante embriagado", no entanto, "não foram detetadas drogas".
Entretanto foi também revelado que Edison Brittes utilizou o telemóvel de um homem assassinado em 2006 para mandar uma mensagem à família de Daniel para comunicar os seus pêsames pela morte do jogador.
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