O antigo presidente da UEFA Michel Platini recusou hoje ter cometido qualquer ilegalidade no âmbito da atribuição da organização do Mundial de futebol de 2022 ao Qatar, indicou a assessoria de comunicação do ex-dirigente francês.
“[Platini] não têm rigorosamente nada com que se recriminar e é totalmente alheio a factos que o ultrapassam. Exprimiu-se de forma serena, respondendo a todas as perguntas que lhe foram feitas pelos investigadores”, refere um comunicado divulgado pela assessoria do antigo futebolista internacional francês.
De acordo com o documento, Platini foi “ouvido pelos investigadores como testemunha, num quadro que o impede de contactar com outras pessoas envolvidas no processo”.
Michel Platini foi detido hoje de manhã pelas autoridades francesas, por suspeita de corrupção na atribuição da organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2022 ao Qatar.
Na base das suspeitas está uma investigação realizada em 2016 pelas autoridades francesas responsáveis pela investigação de crimes financeiros, com o objetivo de determinar a possível interferência dos poderes político e desportivo franceses no processo.
Em causa estão crimes de corrupção, associação criminosa e tráfico de influências, no âmbito de uma investigação em que a FIFA já manifestou disponibilidade para colaborar.
Platini tinha sido suspenso de todas as atividades ligadas ao futebol em maio de 2016, na sequência escândalo motivado pelo recebimento de 1,8 milhões de euros em 2011, por alegado trabalho de consultadoria, sem contrato escrito, pedido por Joseph Blatter, que era presidente da FIFA naquela data.
O ex-futebolista internacional francês, de 63 anos, assumiu a presidência da UEFA em 2007 e demitiu-se em maio de 2016, depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter decidido o seu afastamento por quatro anos de todas as atividades ligadas ao futebol.
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