Fabrizio Miccoli foi esta quarta-feira condenado a uma pena de três anos e seis meses de prisão pelo crime de extorsão agravada de associação mafiosa, anunciou a justiça italiana, após rejeitar o recurso apresentado pelo jogador.
A Suprema Corte de Cassação, a última instância de recurso da justiça italiana, confirmou a punição a Miccoli, que já se apresentou na prisão de Rovigo, na região de Véneto, no norte do país, para cumprir a pena.
“Sou um jogador de futebol. Não sou um mafioso. Sou contra as ideias da máfia”, disse Miccoli em 2017, altura em que a primeira sentença foi pronunciada por um tribunal italiano.
De acordo com ministério público italiano, ficou provado que o antigo internacional italiano tentou extorquir dinheiro a um proprietário de clube de diversão noturna em 2010, quando alinhava no Palermo, tendo recorrido a ameaças e violência com o auxílio da máfia.
Em 2017, o caso de Miccoli chegou mesmo ao parlamento italiano, tendo sido apontado como um exemplo da ligação cada vez maior entre o mundo do futebol e a máfia.
O ex-avançado representou o Benfica em 2005/06 e 2006/07, depois de já ter passado por Juventus, Fiorentina, Ternana e Perugia. Após abandonar o clube da Luz, Miccoli passou seis temporadas no Palermo e representou ainda o Lecce, antes de terminar a carreira no futebol de Malta.
Atualmente com 42 anos, o ex-jogador representou a seleção italiana em 10 ocasiões, tendo marcado dois golos.
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