Luís Campos, mentor dos projetos futebolísticos que levaram Mónaco (2016/17) e Lille (2020/21) a serem campeões franceses frente ao poderoso Paris Saint-Germain, assumiu hoje que o seu futuro será conhecido em breve.

“Penso que poderão sabê-lo proximamente. É um momento de reflexão e discussão, que faz parte da nossa vida. Vamos aguardar pelos próximos dias e perceber efetivamente o que irei fazer durante a próxima temporada. Regresso a França? E a Espanha também, porque temos aqui o Celta de Vigo bem juntinho daqui”, atirou o consultor desportivo.

Luís Campos falava à comunicação social à margem do 16.º Congresso Internacional de Futebol, que decorre entre segunda-feira e hoje na Universidade da Maia, onde dissertou durante mais de uma hora sobre a temática “Futebolista de hoje e conquista do futuro”.

De acordo com a imprensa, o ex-treinador de Gil Vicente, Vitória de Setúbal, Varzim e Beira-Mar na I Liga portuguesa deverá ser oficializado em breve como diretor desportivo do Paris Saint-Germain, sucedendo a Leonardo, que exercia essas funções desde 2019.

O despedimento do ex-internacional brasileiro foi anunciado no sábado, algumas horas após a renovação do avançado Kylian Mbappé até 2025, que colocou um ponto final na hipótese de deixar os campeões franceses para assinar a custo zero pelo Real Madrid.

Diversos meios de comunicação social garantem que o melhor jogador e marcador da edição 2021/22 da Ligue 1, com 28 golos e 17 assistências, elevará substancialmente a sua fasquia financeira, ao receber cerca de 300 milhões de euros (ME) como prémio de assinatura e um salário anual líquido a rondar os 100 ME (cerca de 1,9 ME por semana).

O negócio motivou já a Liga espanhola de futebol a anunciar que vai denunciar o Paris Saint-Germain à UEFA e às instâncias competentes da União Europeia pela renovação com o internacional gaulês, em defesa do “ecossistema económico do futebol europeu”.

O organismo liderado por Javier Tebas acredita que é “escandaloso” que o clube detido pelo qatari Nasser Al-Khelaïfi, que em 2021/22 “perdeu mais de 220 ME” e foi somando um “prejuízo de 700 ME” ao longo das épocas, possa “fazer frente a um acordo destes”.

“Não acho que seja concorrência desleal. Acho que são os tempos modernos, em que a economia tem um peso muito forte em tudo e também no futebol. Quando vemos estas transferências altas, significa a importância que a indústria do futebol tem na sociedade atual e que os jogadores maravilhosos têm na vida das pessoas. Naturalmente, o mundo económico segue as tendências da moda”, comentou Luís Campos, de 57 anos, que foi consultor dos turcos do Galatasaray e dos espanhóis do Celta de Vigo durante 2021/22.

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