João Cancelo é um dos melhores jogadores portugueses da atualidade e concedeu uma entrevista à RTP onde abordou vários temas da carreira. Da relação com Pep Guardiola, passando por um possível regresso ao Benfica e abordando a chegada de Roberto Martínez à Seleção Nacional, o lateral falou abertamente de todos os temas.
O lateral, de 29 anos, era um dos principais jogadores do Manchester City, quando uma desavença com Guardiola o fez sair do emblema inglês, em direção a Barcelona. Embora defenda que sempre sonhou jogar pelo clube espanhol, revela que não guardou mágoa do treinador dos 'cityzens' pelo afastamento da equipa.
"Não tenho nenhum rancor em relação ao Pep. São ciclos, vejo a vida assim. Ele e eu temos personalidades fortes, há coisas em que não concordamos. Eu não concordei com certas coisas, ele não concordou com certas coisas que eu disse. Mas não guardo rancor nenhum. Continua a ser o melhor treinador do Mundo. Estou muito feliz aqui e gostava de continuar", confidenciou, acrescentando que embora já tenha sido um dos melhores do Mundo na posição, atualmente "não se sente nesse nível".
Apesar de ainda estar longe do final da carreira, Cancelo admite que o Benfica bate no coração de forma diferente das outras equipas. Ainda assim o regresso, apesar de não estar para breve, parece inevitável "Não sei explicar. É relembrar a minha mãe, são as memórias que tive com ela, que era benfiquista. Sempre que vejo o Benfica mal fica um vazio que não consigo explicar. Quero muito jogar no Benfica, muito mesmo. Mas queria fazer mais dois ou três anos aqui", explica o lateral português.
Em ano de Campeonato Europeu, falar da Seleção Nacional era obrigatório. Cancelo revela que ficou admirado com a velocidade com que o selecionador nacional aprendeu a língua portuguesa e acredita na qualidade existente para sonhar com o título. "As expectativas são altas, vamos passo a passo. Não gosto de falar em favoritos. O futebol é sempre uma surpresa. Temos jogadores de grande qualidade, isso sem dúvida. Em todas as posições temos jogadores capazes de enfrentar qualquer seleção. No grupo somos os favoritos, sem dúvida, somos a seleção mais forte", explicou sobre as hipóteses no torneio que se inicia em junho.
Passando mesmo a Roberto Martínez, o defesa ficou muito agradado com o que tem visto até agora. "Tenho muito boas impressões. Foi uma pessoa que me acolheu desde o primeiro dia de forma exemplar. É um treinador moderno, que gosta de seleção ofensiva e dá-nos muita liberdade. Conhece cada jogador, analisa muito os adversários e também os nossos jogos nos clubes. Tem uma cultura de jogo que eu gosto, sou um lateral ofensivo, gosto de jogo ofensivo. E a rapidez com que ele aprendeu o português e tentou falar o português connosco foi importante, isso conquistou cada jogador. 10 jogos, 10 vitórias. Não se pode ganhar sempre, mas como estamos a jogar vamos estar sempre mais perto de ganhar", concluiu.
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