O presidente da FIFA qualificou, esta sábado, Mário Zagallo como "um dos verdadeiros ídolos da história do futebol", recordando o impacto "inigualável" no Campeonato do Mundo do antigo jogador e treinador brasileiro, que morreu na sexta-feira.
“Hoje, estamos de luto pela perda de um dos verdadeiros ídolos da história do futebol, um homem cujo impacto no Mundial da FIFA foi inigualável. Mário Zagallo ganhou quatro edições do Mundial, como jogador e como técnico. Mais do que qualquer outro”, salientou.
Gianni Infantino defendeu, no entanto, que o legado de Zagallo “não pode ser resumido a números”.
“A influência de Zagallo sobre o futebol mundial e, mais especificamente, o futebol brasileiro, é imensa. Depois de ser bicampeão mundial como jogador, Zagallo comandou a seleção brasileira em 1970 com uma equipa liderada por Pelé, outro dos mais incríveis filhos do Brasil, num estilo que continua a inspirar as gerações seguintes”, recordou.
O presidente da FIFA prosseguiu lembrando que o Brasil “teve de esperar 24 anos para voltar a triunfar” no Mundial e, “mais uma vez, contou com a participação de Zagallo, que dessa vez foi coordenador técnico de Carlos Alberto Parreira”.
“Em tempos de necessidade, o Brasil recorria “ao professor”, que possuía um efeito calmante, uma voz de comando e era um génio tático. Zagallo será lembrado como o padrinho do futebol brasileiro e deixará uma grande saudade a todo o mundo do futebol, mas especialmente aqui na FIFA. A história do Campeonato do Mundo da FIFA não pode ser contada sem Mário Zagallo”, vincou Infantino, antes de enviar condolências “para o povo brasileiro, a CBF e os familiares e amigos” do antigo futebolista.
Mário Zagallo morreu na sexta-feira aos 92 anos, de acordo com a conta oficial do tetracampeão mundial na rede social Instagram.
Além de ter sido o primeiro a conquistar dois Mundiais como jogador, em 1958 e 1962, e mais tarde como treinador, em 1970, Zagallo é o único, até hoje, a ter participado em cinco finais de Mundiais, das quais perdeu apenas uma, contra a França, em 1998, como selecionador.
Em 1994, nos Estados Unidos, foi adjunto de Carlos Alberto Parreira, no quarto dos cinco títulos mundiais conquistados pelo Brasil, mas a sua ‘obra-prima’ foi o Mundial de 1970, no México, onde, recém-nomeado técnico, conduziu o Brasil à sua terceira coroação planetária com um futebol espetacular e craques como Pelé, Jairzinho, Tostão, Gerson e Rivellino.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decretou hoje sete dias de luto no futebol brasileiro pela morte de Zagallo, a quem descreveu como “maior campeão do mundo de todos os tempos” e “ídolo de várias gerações”.
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