Guus Hiddink gostaria que os russos não fossem julgados pelas ações de Vladimir Putin na Ucrânia. Numa entrevista ao jornal espanhol 'Mundo Deportivo', publicado esta terça-feira, o técnico neerlandês falou de muitos assuntos, entre eles a situação na Ucrânia, país que foi invadido pela Rússia.
De recordar que Guus Hiddink treinou a seleção da Rússia entre 2006 e 2010.
"Foi uma experiência fantástica que não tem nada a ver com o desastre que vivemos agora. Entre 2006 e 2010, fizemos um grande trabalho, estou orgulhoso do que todos construídos e ficará para sempre o terceiro lugar no Campeonato da Europa de 2008, em que a Espanha nos eliminou nas meias-finais", começou por dizer, antes de falar de Putin… que nunca conheceu.
"Nunca coincidi [com Vladimir Putin]. De qualquer maneira, não podemos generalizar. É injusto julgar todo o povo russo pela barbárie que Putin começou. Não tem nada a ver com os muitos cidadãos que são hospitaleiros e boa gente", atirou.
Hiddink garante que ainda mantém contactos com "amigos e alguns jogadores" e que está "orgulhoso das suas reações sobre tudo o que está a acontecer".
Na mesma entrevista, o técnico, agora com 76 anos, recordou o dia (09 de fevereiro de 1992) em que ordenou que fosse retirada uma bandeira nazi das bancadas do Mestalla num jogo diante do Albacete, quando era treinador do Valência, há quase 30 anos. De recordar que a família do técnico fez parte da resistência holandesa contra a ocupação nazi na 2.ª Guerra Mundial.
"Aquilo saiu-me da alma. Era inconcebível haver uma suástica no Mestalla", justificou.
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