O heptacampeão em título Guangzhou Evergrande volta a partir como favorito para a nova época da Superliga chinesa de futebol, que arranca na sexta-feira, com o Shanghai SIPG, de Vítor Pereira, como principal rival.
Treinado até ao final de 2017 pelo antigo selecionador português Luiz Felipe Scolari, o Guangzhou Evergrande venceu três campeonatos, uma Taça e uma Liga dos Campeões asiática antes da saída do brasileiro dar lugar a um regresso.
O antigo campeão mundial pela Itália Fabio Cannavaro regressa ao clube, depois de ter sido demitido em 2015 (e substituído por Scolari) devido aos maus resultados, mas em 2017 foi considerado o Treinador do Ano no Tianjian Quanjian.
Antes do arranque do campeonato, o Evergrande já somou um título, com a conquista da Supertaça da China, ganha ao Shanghai Shenhua, detentor da Taça, por 4-1.
Com os brasileiros Ricardo Goulart e Alan como estrelas maiores do plantel, a equipa volta a assumir o favoritismo na busca do oitavo título seguido, com o Shanghai SIPG, no qual Vítor Pereira substituiu André Villas-Boas, como o adversário mais difícil.
A equipa do ex-FC Porto Hulk e do antigo jogador do Chelsea Óscar, que em 2017 terminou no segundo lugar, quer quebrar a hegemonia da equipa do Cantão e trazer o título para Xangai, com Vítor Pereira escolhido para substituir outro técnico luso.
Outra das missões do treinador é a participação na Liga dos Campeões asiática, depois das meias-finais atingidas por Villas-Boas em 2017.
O Tianjian Quanjian viveu em 2017 um ano de ‘sonho’, ao terminar o campeonato no terceiro lugar no ano de regresso ao primeiro escalão, perdeu o treinador, Cannavaro, para o campeão em título, decidindo apostar no português Paulo Sousa.
O técnico luso terá de preparar o plantel, que inclui o belga ex-Benfica Axel Witsel, para jogar em três competições, a liga, a taça e a Liga dos Campeões asiática, apenas um ano após a subida de divisão.
No Chongqing Dangdai Lifan está outro técnico português, o antigo selecionador nacional Paulo Bento, de regresso ao futebol depois de ter estado sem treinar desde 2016/17, quando foi campeão grego pelo Olympiacos.
Décimo classificado em 2017, o Lifan tem um plantel mais ‘modesto’ em relação aos restantes membros da Superliga, com o ex-Benfica Alan Kardec e o também brasileiro Fernandinho em destaque.
Entre as equipas promovidas, o Dalian Yifang apostou no reforço do plantel, com as contratações do internacional português José Fonte (ex-West Ham) e de dois jogadores ao Atlético de Madrid, o extremo argentino ex-Benfica Nicolás Gaitán e o belga Yannick Ferreira Carrasco.
O contingente português conta ainda com o avançado Ricardo Vaz Tê, ao serviço do Henan Jianye, que em 2017 escapou à descida por uma posição, ao terminar no 14.º lugar.
Outra das equipas à procura de lutar pelo título é o Hebei China Fortune, treinado pelo chileno Manuel Pellegrini, que ao argentino Ezequiel Lavezzi, ao brasileiro Hernanes e ao costa-marfinense Gervinho juntou agora o argentino ex-FC Barcelona Javier Mascherano.
Uma das mudanças para a 15.ª temporada da ‘Superliga’ é a alteração na política de contratação de estrangeiros, uma vez que o número de jogadores inscritos de outros países foi reduzido de cinco para quatro. Ao mesmo tempo, a organização criou ainda uma nova regra, na qual o número de jogadores estrangeiros a utilizar num jogo não pode ser superior ao número de jogadores chineses sub-23.
As novas medidas visam incentivar o desenvolvimento de talentos locais e refrear os gastos com a contratação de estrangeiros, que têm 'disparado' desde 2016.
A temporada 2018 da Superliga chinesa arranca na sexta-feira, com um ‘dérbi’ de Guangzhou: o campeão em título Evergrande recebe o Guangzhou R&F, no mesmo dia da visita do Tianjian, de Paulo Sousa, ao Henan Jianye, de Vaz Tê, e do Shanghai Shenhua-Changchun Yatai.
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