Mais de dois milhões de eleitores estão inscritos para votar hoje na segunda volta das eleições presidenciais na Libéria, que opõem o vice-presidente cessante Joseph Boakai e o lendário jogador de futebol liberiano George Weah.
A data da segunda volta esteve inicialmente marcada para 07 de novembro, mas questões relacionadas com os vários recursos apresentados, em que se denunciaram ilegalidades eleitorais na primeira votação, realizada a 10 de outubro último, obrigaram o Supremo Tribunal a remarcar o dia.
Na primeira volta, o senador George Weah e Joseph Boakai não conseguiram obter mais de 50% dos votos, ambos tentando suceder a Ellen Johnson Sirleaf, a primeira mulher eleita chefe de Estado em África e prémio Nobel da Paz em 2011, que está constitucionalmente impedida de se apresentar a um terceiro mandato.
Nos resultados apurados na primeira volta das eleições, que contaram com uma taxa de participação de 75%, o senador George Weah obteve 39% dos votos, à frente de Boakai, vice-presidente cessante e apoiado pelo Partido Unido (UP, no poder), com 29,1%, com os restantes 18 candidatos a dividirem o resto dos votos.
A história da Libéria com Serra Leoa, Guiné-Conacri e Costa do Marfim, além de banhada pelo oceano Atlântico, é única entre as nações africanas, pois é um dos dois países da África Subsaariana, tal como a Etiópia, sem raízes na colonização da África.
A Libéria, atualmente com cerca de quatro milhões de habitantes, foi fundada e colonizada por escravos americanos libertados com a ajuda entre 1821 e 1822, da organização privada American Colonization Society, na premissa de que os ex-escravos americanos teriam maior liberdade e igualdade nesta nova nação.
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