A FIFA expulsou a Guiné Equatorial da fase de qualificação para o Mundial2019 feminino de futebol, em França, por ter falsificado documentos e utilizado, pelo menos, dez jogadoras inelegíveis na sua seleção olímpica, divulgou hoje o organismo.
A federação de futebol da Guiné Equatorial, que tem procurado investir no futebol através do aliciamento de jogadores estrangeiros, principalmente do Brasil, foi ainda multada em 100 mil francos suíços (cerca de 88 mil euros) pela FIFA.
Ainda de acordo com a FIFA, duas jogadoras da Guiné Equatorial foram suspensas por dez jogos internacionais por terem “forjado e falsificado documentos” para sustentar a nacionalidade.
Num caso idêntico anterior e relacionado com este, a FIFA baniu a seleção feminina da Guiné Equatorial do programa de qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, por uma jogadora nascida no Brasil ter dois passaportes e dois certificados de nascimento com detalhes pessoais que não coincidiam.
Este caso abriu a investigação a outros e a FIFA acabou por descobrir mais dez jogadoras em situação irregular, que tinham participado nos jogos de qualificação olímpica para o Rio2016 e dois casos de falsificação de documentos de identificação.
A federação da Guiné Equatorial apelou já para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) da proibição da Confederação do Futebol Africana de duas edições da prova feminina da Taça das Nações Africanas. O torneio de 2018, organizado pelo Gana, é o torneio de qualificação de África para o Mundial2019, a disputar em França.
A seleção feminina da Guiné Equatorial também foi desqualificada dos Jogos Olímpicos de Londres2012 por ter uma jogadora inelegível, e a seleção masculina ficou sem uma vitória na fase de qualificação para o Mundial2014 por ter alinhado com uma equipa inicial sem nenhum jogador nascido no país.
A FIFA permite que os jogadores representem a seleção de um país se viveram nesse país continuamente por um período de tempo, ou se um dos pais ou avós aí tiverem nascido.
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